Os preços do petróleo sobem ligeiramente após fortes perdas na sessão anterior

Os preços do petróleo subiram ligeiramente nesta quinta-feira, após uma pausa nas fortes perdas da sessão anterior, enquanto os investidores avaliavam as preocupações com o excesso de oferta global em meio às iminentes sanções contra a Lukoil, da Rússia.

Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 32 centavos, para US$ 63,03 o barril, às 08:30 (horário de Brasília), após uma queda de 3,8% no dia anterior. O petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 28 centavos, para US$ 77 o barril, após uma queda de 4,2% na quarta-feira.

“Deve haver um suporte considerável para os preços do petróleo em torno de US$ 60/barril, especialmente considerando que pode haver interrupções de curto prazo nos fluxos de exportação russos quando sanções mais rigorosas entrarem em vigor”, disse Suvro Sarkar, líder da equipe do setor de energia do DBS Bank.

Os Estados Unidos impuseram sanções à Lukoil como parte de seus esforços para levar o Kremlin às negociações de paz sobre a Ucrânia. As sanções proíbem transações com a empresa russa após 21 de novembro.

Ainda assim, os investidores permaneceram atentos às preocupações com o excesso de oferta.

Os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram em 1,3 milhão de barris.

Os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram em 1,3 milhão de barris na semana que terminou em 7 de novembro, disseram fontes de mercado na quarta-feira, citando dados do Instituto Americano de Petróleo.

A Administração de Informação Energética dos EUA deverá divulgar dados sobre os estoques de energia ainda nesta quinta-feira.

“Observamos um aumento nos estoques de petróleo em importantes locais terrestres na Europa, Singapura, Fujairah e Estados Unidos, com base em dados preliminares da semana passada”, disse o analista da UBS, Giovanni Staunovo.

Os preços caíram mais de US$ 2 por barril na quarta-feira, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) afirmou que a oferta global de petróleo excederia ligeiramente a demanda em 2026, uma mudança em relação às projeções anteriores do grupo, que previam um déficit.

“A recente fraqueza (dos preços) parece ser impulsionada pela revisão da OPEP sobre o equilíbrio entre oferta e demanda em 2026 em seu relatório mensal, o que confirma que o grupo agora reconhece a possibilidade de um excesso de oferta em 2026, em contraste com sua postura mais otimista até então”, disse Sarkar, do DBS.

A OPEP afirmou que espera um excedente de oferta no próximo ano devido aos aumentos mais amplos na produção da OPEP+, um grupo de produtores que inclui membros da OPEP e aliados como a Rússia.

A Agência Internacional de Energia (IEA) elevou suas previsões de crescimento da oferta global de petróleo para este ano e para o próximo em seu relatório mensal sobre o mercado de petróleo, divulgado na quinta-feira, sinalizando um excedente maior em 2026.

A EIA (Administração de Informação Energética dos EUA) também afirmou em sua Perspectiva Energética de Curto Prazo, divulgada na quarta-feira, que a produção de petróleo dos EUA deverá bater um recorde este ano, superando as previsões anteriores.

Os estoques globais de petróleo continuarão a crescer até 2026, uma vez que a produção aumenta mais rapidamente do que a demanda por combustíveis derivados do petróleo, aumentando a pressão sobre os preços do petróleo, acrescentou a EIA.

Matéria publicada na Reuters, no dia 13/11/2025, às 08:48 (horário de Brasília)