Produção de biodiesel volta a recuar em novembro
O repique nos níveis de atividade da indústria nacional de biodiesel visto em outubro não se repetiu. Em novembro, os fabricantes colocaram no mercado cerca de 867,4 mil m³ de biodiesel puro – o que representa uma retração de 5,5% sobre o volume reportado apenas um mês antes.
Não chega a ser uma grande surpresa. Após outubro, as usinas tendem mesmo a reduzir a marcha, acompanhando a curva na demanda de diesel. O mercado brasileiro de diesel tende a crescer durante o primeiro semestre até que atinja um platô irregular entre julho e outubro; depois disso, a demanda começa a cair.

Esse mesmo desenho se repete no mercado de biodiesel. A queda desta vez foi até um pouco mais suave. Nos últimos cinco anos, a produção de biodiesel recuou 6,2% entre outubro e novembro, contra apenas 5,5% este ano.
Esse mesmo desenho se repete no mercado de biodiesel. A queda desta vez foi até um pouco mais suave. Nos últimos cinco anos, a produção de biodiesel recuou 6,2% entre outubro e novembro, contra apenas 5,5% este ano.
Somando toda a produção que foi reportada de janeiro até agora, o setor produziu um pouco menos de 8,99 milhões de m³ de biodiesel puro. Isso praticamente garante um novo recorde para o mercado brasileiro. Em 2024, a produção foi de 9,07 milhões de m³; estão faltando apenas 77 mil m³ para igualar essa marca.
Há cerca de uma semana, players do mercado atualizaram suas projeções sobre o mercado para este e para o próximo ano. Pelas contas, 2025 deve se encerrar com 9,8 milhões de m³ movimentados, o que colocaria a demanda nas imediações dos 810 mil m³ em dezembro.
Suficiente?
Embora a ANP ainda não tenha publicado os números – nem preliminares – sobre as vendas de diesel em novembro, o volume de B100 fabricado permitiria a venda de 5,78 milhões de m³ de óleo diesel B, cerca de 3,1% acima daquela que as distribuidoras movimentaram no mesmo período do ano passado.
É uma margem um pouco mais folgada do que a que o mercado vem apresentando ao longo do ano. No somatório de janeiro a outubro, as vendas de diesel foram de 58 milhões de m³, cerca de 2,2% acima dos 56,7 milhões de m³ comercializados no ano passado.

Nos últimos meses, a produção tem ficado – bastante – abaixo daquela que seria necessária. No ano, o mercado acumula um déficit aproximado de 163 mil m³. Isso é quase exatamente a capacidade instalada da unidade produtora da Minerva em Palmeiras de Goiás (GO).
Norte lidera aumento da produção
O crescimento da produção de biodiesel em novembro teve um protagonista insuspeito: a Região Norte.
Embora a região seja a lanterninha do mercado de biodiesel, em novembro ela liderou o crescimento do setor com um salto de quase 61% sobre o resultado do ano anterior. As usinas da região anotaram 52,3 mil m³ fabricados, o que representa um aumento de 19,8 mil m³ na oferta. O resultado foi puxado por expansões fortes da produção tanto no Tocantins (64,5%) quanto no Pará (40,3%).

Sob qualquer aspecto, esta foi a maior expansão de novembro, batendo o aumento de 13,9 mil m³ na produção do Centro-Oeste e de 18,4 mil m³ da Região Sul.
Já entre as unidades da federação, o maior crescimento absoluto na produção foi do Mato Grosso, que avançou 22,5 mil m³, atingindo 198,2 mil m³ – alta de 12,8%.

Apesar disso, as usinas do Rio Grande do Sul mantiveram sua tradicional liderança, com aproximadamente 204,4 mil m³ de B100 fabricados em novembro.
Matéria publicada no portal Biodiesel BR, publicada no dia 18/12/2025, às 17:17 (horário de Brasília)

