Petróleo fica estável na expectativa por dados de inflação dos EUA e reunião da OPEP+ no domingo

Os preços do petróleo mantiveram-se estáveis nesta sexta-feira, enquanto os investidores aguardavam dados de inflação dos EUA para obter informações sobre a perspectiva de demanda, antes de voltar suas atenções para a reunião da OPEP+ no domingo, que determinará a oferta para o próximo ano.

Os futuros do Brent para entrega em julho caíram 5 centavos, para US$ 81,81 por barril, enquanto os futuros mais líquidos de agosto subiram 21 centavos, para US$ 82,09. A diferença entre os dois contratos atingiu uma baixa de 11 meses após fechar em contango pela primeira vez este ano na quinta-feira.

Os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiram 8 centavos, para US$ 77,99.

Ambos os benchmarks estavam a caminho de suas maiores quedas mensais desde dezembro, após uma queda na sessão anterior devido a um aumento inesperado nos estoques de combustíveis dos EUA. A maior utilização das refinarias resultou em uma queda mais profunda do que o esperado nos estoques de petróleo bruto na semana até 24 de maio, mostraram dados da Administração de Informação de Energia (EIA). No entanto, os estoques de gasolina aumentaram em 2 milhões de barris, contrariando as expectativas de uma queda de 400.000 barris e uma demanda mais alta antes do fim de semana do Memorial Day.

O mercado de petróleo tem estado sob pressão nas últimas semanas devido à perspectiva de que os custos de empréstimos permaneçam elevados por mais tempo, o que pode restringir os fundos e diminuir a demanda por petróleo.

Os mercados também estão aguardando a reunião da OPEP+ no domingo, com o grupo de produtores trabalhando em um acordo complexo que permitiria estender alguns de seus profundos cortes na produção de petróleo até 2025, disseram três fontes familiarizadas com as discussões da OPEP+.

“A OPEP+ provavelmente continuará em modo de gestão preventiva de mercado para manter o contango afastado e evitar que os preços do petróleo subam para níveis mais altos”, disse o analista da Rystad Energy, Mukesh Sahdev.

Enquanto isso, analistas em uma pesquisa da Reuters reduziram suas previsões de preços do petróleo para 2024 pela primeira vez desde fevereiro, refletindo menores riscos de oferta devido aos conflitos contínuos no Oriente Médio e na Ucrânia.

Matéria publicada pela Reuters no dia 31/05/2024, às 08h27 (horário de Brasília)