Alta semanal do petróleo Brent atinge pico de quatro meses
Os preços dos contratos futuros do petróleo Brent se mantiveram estáveis na sexta-feira e estavam a caminho de sua melhor semana em mais de quatro meses, após projeções sólidas para a demanda de petróleo bruto e combustível.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 38 centavos, ou 0,46%, para $83,13 por barril. Os contratos futuros do petróleo bruto dos EUA West Texas Intermediate (WTI) ganharam 27 centavos, ou 0,34%, para $78,89.
O Brent e o benchmark dos EUA haviam ganho quase 4,5% ao longo da semana. Isso marcaria o maior aumento semanal do Brent em termos percentuais desde a semana de 9 de fevereiro. Para o WTI, foi o maior desde a semana de 5 de abril.
O suporte aos preços veio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) nesta semana, após manter a previsão de crescimento relativamente forte na demanda global de petróleo para 2024, enquanto o Goldman Sachs projetou uma demanda sólida de combustível nos EUA neste verão.
A Agência Internacional de Energia, por sua vez, espera que a demanda por petróleo atinja seu pico em 2029, estabilizando-se em torno de 106 milhões de barris por dia (bpd) até o final da década, disse em um relatório na quarta-feira.
No entanto, o rali dos preços desta semana esfriou um pouco depois que o Federal Reserve dos EUA manteve as taxas de juros inalteradas, com o início dos cortes de taxas improvável antes de dezembro.
“Em vista da ainda incerta perspectiva econômica para as principais regiões econômicas, um aumento adicional de preços não é esperado por enquanto”, disse a analista do Commerzbank, Barbara Lambrecht.
Em outros lugares, a Rússia prometeu cumprir suas obrigações de produção sob o pacto do grupo OPEP+ depois de dizer que excedeu sua cota em maio.
“Não importa quantas vezes prometa compensar a baixa conformidade em uma data futura, o mercado apenas vê mais petróleo e um acordo que pode simplesmente se desfazer”, disse o analista da PVM, John Evans.
O foco do mercado também está nas negociações de cessar-fogo em Gaza, que podem aliviar preocupações sobre a potencial interrupção do fornecimento de petróleo da região.
Os EUA estão muito preocupados que as hostilidades na fronteira Israel-Líbano possam escalar, disse um alto funcionário dos EUA, acrescentando que arranjos de segurança específicos são necessários para a área e que um cessar-fogo em Gaza não é suficiente.
Matéria publicada pela Reuters no dia 14/06/2024, às 09h18 (horário de Brasília)
