Setor público registra déficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho, queda de 40,5% em relação a 2023

O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e estatais– registrou deficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho. O saldo negativo caiu 40,5% em comparação com o mesmo mês de 2023, quando o rombo foi de R$ 35,8 bilhões. O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta 6ª feira (30.ago.2024).

O resultado primário é formado pelo saldo entre as receitas e despesas, excluindo o pagamento dos juros da dívida. Em julho, o governo central teve deficit primário de R$ 8,6 bilhões. Os governos regionais (Estados e municípios) tiveram deficit de R$ 11 bilhões. As estatais tiveram saldo negativo de R$ 1,7 bilhão.

O setor público consolidado registrou um deficit de R$ 257,7 bilhões no acumulado de 12 meses até julho. O valor corresponde a 2,29% do PIB (Produto Interno Bruto). O rombo nas contas públicas era de R$ 80,5 bilhões no acumulado de 12 meses até julho de 2023 e de R$ 272,2bilhões em junho de 2024.

JUROS DA DÍVIDA

O resultado nominal considera o saldo primário (receitas menos despesas) e também as despesas com o juros da dívida. Em julho, o deficit nominal foi de R$ 101,5 bilhões. Esse foi o maior rombo para o mês da série histórica, iniciada em 2002.

No acumulado de 12 meses, o deficit nominal também bateu recorde. Atingiu R$ 1,127 trilhão em julho. Corresponde a 10,02% do PIB. Em junho de 2024, era de R$ 1,108 trilhão.

O setor público consolidado pagou R$ 80,1 bilhões em juros da dívida em julho de 2024 e R$ 869,8 bilhões no acumulado de 12 meses.

DÍVIDA BRUTA

A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) –formado por governo federal, INSS e governos regionais– foi de 78,5% do PIB em julho. Subiu 0,7 ponto percentual no mês. No ano, cresceu 4,1 pontos percentuais. Em valores nominais, corresponde a R$ 8,8 trilhões.

Matéria publicada pelo Poder 360 no dia 30/08/2024, às 08h36 (horário de Brasília)