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Os preços do petróleo foram negociados em uma faixa estreita nesta terça-feira, antes do que se espera ser uma eleição presidencial norte-americana excepcionalmente acirrada, após subir mais de 2% na sessão anterior, quando a OPEP+ adiou os planos de aumento de produção para dezembro.

Os contratos futuros do Brent subiram 45 centavos, ou 0,6%, para US$ 75,53 o barril, enquanto o petróleo WTI nos EUA estava a US$ 71,94 o barril, alta de 47 centavos, ou 0,7%.

“O destino desta eleição é importante para o mercado de petróleo, já que uma vitória de Donald Trump pode ter grandes consequências para o comércio internacional, relações geopolíticas, política energética dos EUA e política climática internacional”, disseram analistas do grupo francês Engie.

Os preços do petróleo foram apoiados pelo anúncio de domingo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecido como OPEP+, que decidiu adiar um aumento de produção em um mês a partir de dezembro, já que a fraca demanda e o aumento da oferta fora da OPEP deprimem os mercados.

Ainda assim, a tomada de risco permanece limitada, com uma semana movimentada pela frente — incluindo a eleição dos EUA, a reunião de política do Federal Reserve e a reunião do Congresso Nacional do Povo da China (NPC) — o que mantém muitos traders à margem, disse Yeap Jun Rong, estrategista de mercado da IG.

Por ora, as pesquisas sugerem que a disputa presidencial nos EUA será acirrada, e qualquer atraso nos resultados das eleições ou até disputas pode representar riscos de curto prazo para os mercados mais amplos ou arrastá-los por mais tempo, acrescentou Yeap.

“Os olhos também estão voltados para a reunião do NPC da China para qualquer clareza sobre estímulos fiscais para melhorar a perspectiva de demanda do país, mas é improvável que vejamos um compromisso forte antes dos resultados presidenciais dos EUA, e isso continuará mantendo os preços do petróleo em um jogo de espera de curto prazo”, disse Yeap.

Enquanto isso, a produção de petróleo da OPEP se recuperou em outubro, à medida que a Líbia retomou a produção, constatou uma pesquisa da Reuters, embora um esforço adicional do Iraque para cumprir os cortes prometidos à aliança mais ampla da OPEP+ tenha limitado o ganho.

O Irã também planeja aumentar a produção em 250 mil barris por dia, informou o site de notícias do ministério do petróleo na segunda-feira.

Nos EUA, uma tempestade que deve se intensificar para um furacão no Golfo do México nesta semana pode reduzir a produção de petróleo em cerca de 4 milhões de barris, disseram pesquisadores.

Antes dos dados semanais de petróleo dos EUA na quarta-feira, uma pesquisa preliminar da Reuters na segunda-feira mostrou que os estoques de petróleo bruto dos EUA provavelmente aumentaram na semana passada, enquanto os estoques de destilados e gasolina caíram.

Matéria publicada pela Reuters no dia 05/11/2024, às 09h45 (horário de Brasília)