Preços do petróleo oscilam enquanto OPEP+ avalia cortes de produção
Os preços do petróleo apresentaram pouca variação nesta segunda-feira, antes de uma reunião da OPEP+ e após ganhos de 6% na semana passada, enquanto as tensões geopolíticas permanecem elevadas.
Os futuros do Brent caíram 0,23%, ou 17 centavos, para US$ 75,00 por barril, enquanto os futuros do petróleo norte-americano West Texas Intermediate (WTI) estavam cotados a US$ 71,01 por barril, uma queda de 23 centavos, ou 0,32%.
O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta segunda-feira que suas forças derrubaram oito mísseis balísticos disparados por forças ucranianas nas últimas 24 horas, segundo a mídia estatal russa.
Enquanto isso, militares ucranianos afirmaram ter atingido um depósito de petróleo durante a noite na região de Kaluga, no oeste da Rússia.
Os mercados também devem reagir esta semana com a aproximação da reunião da OPEP+ marcada para 1º de dezembro, na qual o grupo pode manter cortes profundos na produção de petróleo.
“A cúpula da OPEP+ em 1º de dezembro provavelmente adiará ainda mais o início dos aumentos planejados de produção para fevereiro. Adiar para o segundo trimestre ou mais tarde é outra possibilidade que daria ainda mais suporte [aos preços],” disse Tim Evans, analista de energia independente.
O Irã declarou que buscará evitar cortes em sua produção de petróleo, segundo afirmou seu ministro do Petróleo nesta segunda-feira.
Anteriormente, a OPEP+ havia adiado o aumento da produção, inicialmente programado para outubro, devido à queda dos preços, à demanda fraca e ao aumento da oferta.
“A combinação de desenvolvimentos geopolíticos sugere uma perspectiva potencialmente altista para os preços globais do petróleo bruto no médio prazo, já que as interrupções na oferta podem superar as preocupações com a demanda por certo período,” disse George Pavel, gerente-geral da Naga.com no Oriente Médio.
Os investidores também estão analisando os planos do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para aumentar a produção de petróleo.
A equipe de transição de Trump está elaborando um pacote energético que será implementado nos primeiros dias de seu mandato. O plano inclui o aumento da perfuração de petróleo na costa dos EUA e em terras federais, segundo duas fontes familiarizadas com os planos.
Na China, as importações de petróleo bruto se recuperaram em novembro, com os preços mais baixos impulsionando a demanda por estoques. As importações chinesas de petróleo provavelmente continuarão a crescer com uma cota adicional de pelo menos 5,84 milhões de toneladas métricas (116.800 barris por dia) emitida para refinarias independentes para cargas a serem entregues no próximo ano, disseram fontes nesta segunda-feira.
Matéria publicada pela Reuters no dia 25/11/2024, às 10h38 (horário de Brasília)