Investimentos em produção de petróleo e gás nos próximos 5 anos devem superar R$ 600 bi

Os investimentos na produção de petróleo e gás, nos próximos cinco anos, devem ultrapassar a marca de R$ 600 bilhões, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os números vêm à tona no momento em que se discute a exploração de novas reservas de petróleo no Brasil, diante da perspectiva de declínio do pré-sal entre o fim desta década e o início da próxima.

Segundo os dados do “Painel Dinâmico e Previsão de Atividade, Investimento e Produção” da agência, os investimentos estimados na produção em 17 bacias, entre 2025 e 2029, para extração de hidrocarbonetos totalizam R$ 607,811 bilhões.

Do total a ser investido no período, 89,3% serão destinados para as bacias de Campos e Santos, as maiores produtoras do país, o que equivale a R$ 542,748 bilhões.

A bacia de Campos terá aporte de R$ 195,762 bilhões nos próximos cinco anos, o que corresponde a 32,21% do total projetado para o período, estima a ANP. Para a Bacia de Santos, os dados apontam para montantes que somam R$ 346,985 bilhões, ou 57,09% do total.

Quando se considera o ambiente de produção, os investimentos em campos terrestres totalizarão R$ 20,042 bilhões – 3,30% dos R$ 607,811 bilhões previstos para o período 2025-2029. O restante – R$ 587,692 bilhões, ou 96,70% – será aportado em áreas marítimas.

Para o período, a estimativa é de uma produção de 4,28 milhões de barris de petróleo por dia (barris/dia) e 221 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) de gás natural.

Projeções para 2025

Para 2025, as projeções indicam que as petroleiras devem investir R$ 139,493 bilhões na extração de petróleo e gás, de acordo com os dados da ANP. Desse total, as bacias de Campos e Santos também devem corresponder à grande maioria do montante: 95,85% do total a ser aportado este ano será destinado as duas bacias produtoras, ou R$ 133,710 bilhões.

A Bacia de Campos deve receber investimentos de R$ 48,067 bilhões este ano (34,46% do total), enquanto a de Santos terá aportes que totalizam R$ 85,644 bilhões (61,40%).

Matéria publicada no Valor Econômico, dia 21/02, às 10:40 (horário de Brasília)