Soja ganha força em Chicago com investidores esperando maior demanda fora da China
Os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago subiram pela quarta sessão nesta quinta-feira, mantendo-se em uma máxima de dois meses, já que o potencial de demanda fora da China parecia estar aumentando, segundo operadores.
Além disso, comentários de autoridades dos EUA sobre um possível alívio no impasse comercial com a China continuaram a dar algum suporte ao mercado de oleaginosas.
O milho subiu para se recuperar das mínimas de quarta-feira e o trigo terminou ligeiramente mais alta após cair para seu ponto mais baixo desde 11 de abril, enquanto os investidores avaliaram uma melhora nas perspectivas climáticas para as safras dos EUA em comparação à fraqueza do dólar.
O contrato de soja mais ativo fechou em alta de 11,75 centavos, a US$10,62 o bushel, atingindo seu nível mais alto desde 21 de fevereiro.
O Japão está considerando um aumento nas importações de soja dos Estados Unidos como parte das negociações tarifárias, informou o Nikkei na quinta-feira, dando aos investidores esperança de que a demanda de fora da China possa estar aumentando, de acordo com Randy Place, analista do Hightower Report.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sugeriram esta semana que as tarifas atuais poderiam ser reduzidas como parte das negociações com a China, embora Pequim tenha negado na quinta-feira que negociações comerciais estivessem ocorrendo.
A China é o maior importador de soja do mundo e suas contratarifas sobre produtos dos EUA tornaram proibitivamente caro importar soja dos EUA.
O milho foi sustentado pela sólida demanda de exportação, mas foi contido pelas expectativas de que os agricultores dos EUA terão chuvas suficientes para avançar no plantio, disse Place. O cereal terminou com alta de 4,75 centavos, para US$4,84 o bushel.
O trigo ganhou 1 centavo e fechou em US$5,445 o bushel.
Os futuros do trigo foram apoiados pela queda do dólar americano, o que tende a tornar as exportações dos EUA mais baratas e competitivas para os detentores de outras moedas.
Matéria publicada na Reuters, no dia 24/24/2025, às 17:07 (horário de Brasília)