Petróleo avança após novas sanções da UE à Rússia
Os preços do petróleo subiram ligeiramente na sexta-feira, caminhando para uma pequena perda semanal, enquanto os investidores avaliavam novas sanções da União Europeia contra a Rússia.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 50 centavos, ou 0,72%, para US$ 70,02 o barril às 06h12 (horário de Brasília), enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA ganharam 61 centavos, ou 0,9%, para US$ 68,15 o barril.
Nesses níveis, os contratos caminhavam para uma perda semanal marginal de 0,5% e 0,4%, respectivamente.
Os investidores ponderaram o impacto potencial sobre os balanços globais de petróleo do acordo da UE sobre um 18º pacote de sanções contra a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, que inclui medidas destinadas a desferir novos golpes às indústrias de petróleo e energia da Rússia.
Seu último pacote de sanções reduzirá o teto de preço do G7 para compra de petróleo bruto russo para US$ 47,6 por barril, disseram diplomatas à Reuters.
“Nem o teto de preço do petróleo russo nem a inclusão de petroleiros da frota paralela em uma lista de sanções conseguiram interromper as exportações de petróleo russo até agora, então o mercado continua cético quanto ao impacto das últimas sanções”, disse o analista do UBS, Giovanni Staunovo.
Os investidores estão aguardando notícias dos EUA sobre possíveis novas sanções, depois que o presidente Donald Trump ameaçou impor sanções aos compradores de exportações russas no início desta semana, a menos que Moscou chegue a um acordo de paz em 50 dias.
“No final das contas, agora é uma questão de esperar por possíveis mudanças importantes nas sanções e na política tarifária dos EUA”, disseram analistas do Commerzbank em nota.
Quatro dias de ataques de drones a campos de petróleo no Curdistão iraquiano, que interromperam metade da produção da região, impulsionaram os preços, elevando ambos os contratos em US$ 1 na quinta-feira.
Os ataques “certamente causarão danos, já que a produção da região foi reduzida de 280.000 bpd para cerca de 130.000 barris por dia”, disse o analista da PVM, Tamas Varga.
Autoridades apontaram as milícias apoiadas pelo Irã como a provável fonte dos ataques desta semana aos campos de petróleo da região, embora nenhum grupo tenha reivindicado a responsabilidade.
Apesar do ataque, o governo federal do Iraque disse na quinta-feira que o Curdistão iraquiano retomará as exportações de petróleo por meio de um oleoduto para a Turquia após uma paralisação de dois anos.
Matéria publicada na Reuters, no dia 18/07/2025, às 03:40 (horário de Brasília)