Balança comercial tem superavit de US$ 7,1 bi em julho

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 7,1 bilhões em julho de 2025. Trata-se de uma queda de 6,3% em relação ao mesmo mês em 2024, quando o saldo positivo foi de US$ 7,6 bilhões.

O maior saldo para meses de julho se deu em 2023, quando o superavit foi de US$ 8,2 bilhões. Os dados foram divulgados nesta 4ª feira (6.ago.2025) pela Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

O superavit comercial se dá quando as exportações superam as importações do país. Leia a trajetória da balança comercial para os meses de julho:

Eis o resultado de acordo com os principais parceiros comerciais:

  • Argentina – superavit de US$ 0,56 bilhão;
  • China, Hong Kong e Macau – superavit de US$ 3,99 bilhões;
  • EUA – deficit de US$ 0,56 bilhão;
  • União Europeia – deficit de US$ 0,05 bilhão.

Exportações

As exportações somaram US$ 32,3 bilhões em julho de 2025. Representa uma alta de 4,8% ante o mesmo período em 2024.

Quando se considera a divisão por atividade econômica, o resultado das exportações se deu dessa forma na comparação entre julho de 2025 e julho de 2024:

  • agropecuária – US$ 7,2 bilhões (alta de 0,3%);
  • indústria extrativa – US$ 7,4 bilhões (subiu 3,6%).
  • indústria de transformação – US$ 17,6 bilhões (alta de 7,4%).

Só em julho, as exportações para os EUA somaram US$ 3,7 bilhões –cresceram 3,8%. No acumulado de janeiro a julho deste ano, as vendas ao país norte-americano totalizaram US$ 23,7 bilhões (alta de 4,2%).

Tarifaço

As tarifas impostas pelos Estados Unidos de Donald Trump (Partido Republicano) contra o Brasil entraram em vigor. A medida começou a partir de 1h01 (horário de Brasília) desta 4ª feira (6.ago.2025).

O presidente norte-americano determinou uma alíquota de 50% sobre as importações brasileiras. É uma taxa de 10% geral mais uma cobrança adicional de 40%.

Na prática, a medida deixará as exportações do Brasil aos Estados Unidos mais caras.

O diretor do Departamento de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse nesta 4ª feira (6.ago) que os dados das exportações para os EUA estão mais relacionados à “demanda”.

“O petróleo não foi tarifado, mesmo assim caiu. O aço, sim, teve uma tarifa de 25% em março, depois subiu para 50% em junho. Então, é um produto que já foi implementado uma tarifa há mais tempo, e tem o efeito”, declarou em entrevista a jornalistas.

Brandão afirmou que é necessário “dar tempo” e que é difícil fazer análise no curto prazo. Segundo o representante do Mdic, o tarifaço “não vai ter efeito imediato”.

Ele, no entanto, avaliou que houve um “movimento de antecipação” de vendas, com o crescimento em valor na exportação de vários produtos brasileiros ao país norte-americano.

Importações

As importações atingiram US$ 25,2 bilhões no mês passado. A alta foi de 8,4% em relação a julhol de 2024.

Abaixo, os dados de acordo com o setor de atividade econômica de julho de 2025 ante o mesmo mês em 2024:

  • agropecuária – US$ 0,5 bilhão (alta de 3,8%);
  • indústria extrativa – US$ 1,0 bilhão (queda de 29,2%);
  • indústria de transformação – US$ 23,6 bilhões (alta de 11,1%).

Acumulado do ano

De janeiro a julho de 2025, o superavit registrado é de US$ 37,0 bilhões. O resultado representa uma queda de 24,7% ante o mesmo período de 2024.

Matéria publicada no portal Portal360, no dia 06/08/2025, às 15:09 (horário de Brasília)