Petróleo sobe enquanto investidores avaliam ataques a instalações de energia russas

Os preços do petróleo subiram ligeiramente na segunda-feira, enquanto investidores avaliavam o impacto dos ataques de drones ucranianos às refinarias russas e o presidente dos EUA, Donald Trump, pressionava os países da OTAN a suspenderem as compras de petróleo russo.

Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 40 centavos, ou 0,6%, para US$ 67,39 o barril às 10h30 (horário de Brasília), enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA estava em US$ 63,21 o barril, alta de 52 centavos ou 0,8%.

O petróleo permanece na faixa entre US$ 65 e US$ 70, sustentado pelos riscos de interrupção dos ataques ucranianos às instalações de energia russas e pelos novos pedidos de Trump por sanções secundárias mais duras aos compradores de petróleo bruto russo, disse o analista do Saxo Bank, Ole Hansen.

A Ucrânia lançou um grande ataque com pelo menos 361 drones visando a Rússia durante a noite, provocando um breve incêndio na enorme refinaria de petróleo Kirishi, no noroeste da Rússia, disseram autoridades russas no domingo.

Ambos os contratos de petróleo bruto subiram mais de 1% na semana passada, à medida que a Ucrânia intensificou os ataques à infraestrutura petrolífera russa, incluindo o maior terminal exportador de petróleo, Primorsk.

Primorsk tem capacidade para carregar cerca de 1 milhão de barris de petróleo bruto por dia, enquanto a refinaria de Kirishi processa cerca de 355.000 barris de petróleo bruto russo por dia, o equivalente a 6,4% do total do país.

A pressão sobre a Rússia está aumentando, já que Trump disse no sábado que os EUA estavam preparados para impor novas sanções energéticas à Rússia, mas somente se todas as nações da OTAN parassem de comprar petróleo russo e implementassem medidas semelhantes.

O petróleo também recebeu algum apoio da sólida demanda das refinarias na China no mês passado e de um declínio nos estoques de petróleo bruto dos EUA, enquanto dados econômicos mais fracos da China pesaram sobre os preços, disse o analista do UBS, Giovanni Staunovo.

Os investidores também aguardam a decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, em sua reunião de 16 e 17 de setembro, na qual o banco deverá flexibilizar a política monetária. Custos de empréstimos mais baixos podem impulsionar a demanda por combustível.

Na semana passada, dados mais fracos sobre criação de empregos e inflação crescente nos EUA levantaram preocupações sobre o crescimento econômico na maior economia do mundo e maior consumidora de petróleo.

Matéria publicada na Reuters, no dia 15/09/2025, às 07:40 (horário de Brasília)