Petróleo sobe antes das negociações entre EUA e Rússia
Os preços do petróleo subiram ligeiramente nesta segunda-feira, após caírem mais de 4% na semana passada, enquanto os investidores aguardavam as negociações entre os EUA e a Rússia no final desta semana sobre a guerra na Ucrânia.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 36 centavos, ou 0,54%, para US$ 66,95 o barril às 09:02 (horário de Brasília), enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA subiram 34 centavos, ou 0,53%, para US$ 64,22.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira que se encontraria com o presidente russo, Vladimir Putin, em 15 de agosto, no Alasca, para negociar o fim da guerra na Ucrânia.
As negociações ocorrem após a crescente pressão dos EUA sobre a Rússia, levantando a perspectiva de que as penalidades impostas a Moscou possam ser mais severas caso um acordo de paz não seja alcançado.
Trump estabeleceu o prazo até sexta-feira passada para que a Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, concordasse com a paz ou seus compradores de petróleo enfrentariam sanções secundárias. Ao mesmo tempo, Washington pressiona a Índia a reduzir as compras de petróleo russo.
Os preços do petróleo caíram nos últimos dias, já que os participantes do mercado reduziram as estimativas de interrupção do fornecimento, provavelmente porque os EUA impuseram uma tarifa extra apenas à Índia, e não a todos os compradores de petróleo russo, disse o analista do UBS, Giovanni Staunovo.
O UBS reduziu sua previsão para o petróleo Brent no final do ano de US$ 68 para US$ 62 o barril, citando maior oferta da América do Sul e produção resiliente de países sancionados.
O banco acrescentou que a demanda indiana ficou abaixo das expectativas ultimamente e que espera que a OPEP+ suspenda seus aumentos de produção, a menos que surjam interrupções inesperadas maiores no fornecimento.
Um consórcio liderado pela Exxon Mobil iniciou a produção de petróleo bruto quatro meses antes do esperado em um quarto navio flutuante de produção, armazenamento e descarga na Guiana, disse a Exxon na sexta-feira.
As tarifas mais altas de Trump sobre importações de dezenas de países, que entraram em vigor na quinta-feira, devem pesar sobre a atividade econômica, pois forçarão mudanças nas cadeias de suprimentos e alimentarão uma inflação mais alta.
Separadamente, dados do Departamento Nacional de Estatísticas divulgados no sábado mostraram que os preços ao produtor da China caíram mais do que o esperado em julho.
Matéria publicada na Reuters, no dia 11/08/2025, às 06:16 (horário de Brasília)