A CPC afirma exportações de petróleo foram interrompidas e que equipamentos foram gravemente danificados por drones
O Consórcio do Oleoduto do Cáspio (CPC), que movimenta mais de 1% do petróleo mundial, informou neste sábado que suspendeu as operações após um ancoradouro em seu terminal no Mar Negro ter sido significativamente danificado por um ataque de drone naval ucraniano.
“Não é possível continuar operando o ponto de amarração 2”, afirmou a empresa em um comunicado sobre um dos três principais equipamentos de exportação.
A CPC exporta principalmente do Cazaquistão, via Rússia e pelo terminal do Mar Negro.
O Ministério da Energia do Cazaquistão afirmou ter ativado um plano para redirecionar as exportações de petróleo para rotas alternativas após o ataque, que considerou inaceitável. A CPC responde por cerca de 80% das exportações de petróleo do Cazaquistão.
O ministério também afirmou que tais ações representam riscos para a segurança energética global e causam danos significativos aos interesses econômicos dos membros do consórcio.
Entre os acionistas da CPC está a gigante americana Chevron e a Exxon Mibil.
“A situação não parece boa – foi duramente atingida. Eles vão lançar o terceiro ponto de amarração, que está em reparo”, disse um operador à Reuters.
O consórcio informou que nenhum funcionário ou contratado da CPC ficou ferido no ataque ao terminal de petróleo.
No momento da explosão, o sistema de proteção de emergência desligou os oleodutos relevantes e os relatórios preliminares indicam que não houve vazamento de petróleo no Mar Negro, acrescentou a empresa.
“As operações de embarque no terminal serão realizadas de acordo com as normas estabelecidas, assim que as ameaças representadas por embarcações não tripuladas e drones forem eliminadas”, afirmou a CPC.
Matéria publicada na Reuters, no dia 29/11/2025, às 07:27 (horário de Brasília)