A nova onda do petróleo
O Rio de Janeiro avança mais um passo, com a entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios. Maior unidade flutuante de produção da Petrobras, o navio-plataforma eleva a capacidade de extração do pré-sal e reposiciona o estado no cenário global de energia.
O campo de Búzios é um colosso: o maior em águas profundas do mundo, uma potência em reservas. Com o Almirante Tamandaré, passará a produzir até 225 mil barris de petróleo por dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O impacto é imediato: mais oferta, mais exportação, mais riqueza circulando na economia fluminense.
Enquanto o pré-sal expande fronteiras, a Petrobras aposta na revitalização da Bacia de Campos. A estatal vai investir US$ 23 bilhões, mais de R$ 132 bilhões, na área offshore.
Tecnologia e engenharia resgatam riquezas antes consideradas perdidas, prospectando desenvolvimento e geração de empregos em escala. A extensão da produção de sistemas existentes representa cerca de 30% do investimento futuro na região. Com os novos investimentos, a expectativa é que 32% da produção de Campos em 2029 venha do pré-sal.
Nada acontece isoladamente. O Porto do Açu desponta como peça-chave e elo logístico essencial, um dos maiores hubs de exportação de petróleo do Brasil. A infraestrutura portuária, combinada à inovação na indústria offshore, fortalece a competitividade do Estado e atrai novos investimentos.
O ciclo do petróleo no Rio se reinventa com um portfólio de iniciativas: avanços na extração, novas fronteiras logísticas, políticas públicas alinhadas à inovação do setor privado, infraestrutura portuária fortalecida, sustentabilidade e transição energética.
O estado Rio caminha integrando atores públicos e privados para extrair do petróleo crescimento, oportunidades e renda.
Matéria publicada no portal O Dia, no dia 21/02, às 16:27 (horário de Brasília)