Acelen faz história com a primeira extração industrial de óleo de macaúba e promete revolucionar o mercado de biocombustíveis

A Acelen Renováveis, empresa de energia inovadora criada pelo fundo Mubadala Capital, anunciou na última sexta-feira, 7, um marco histórico para a indústria de biocombustíveis. A companhia realizou a primeira extração de óleo de macaúba em fluxo contínuo e em escala industrial.

O feito foi realizado no Acelen Agripark, centro de inovação agroindustrial localizado em Montes Claros (MG). A expectativa é transformar a produção de biocombustíveis e fortalecer a posição da macaúba como um novo vetor de sustentabilidade e inovação no setor.

Inovação e tecnologia no processo de extração do óleo de macaúba

A extração do óleo de macaúba em larga escala é um feito inédito, já que até então o processo era restrito a ambientes laboratoriais. Com isso, não era permitida a escalabilidade necessária para a produção comercial.

A Acelen Renováveis, por meio de seu centro de inovação, Acelen Agripark, desenvolveu uma tecnologia exclusiva que possibilita a extração contínua do óleo de macaúba.

Segundo a empresa, a tecnologia foi criada por uma equipe de engenharia especializada que trabalhou em conjunto com parceiros estratégicos para desenvolver equipamentos adaptados às particularidades da macaúba.

Este movimento inovador coloca a Acelen em uma posição de liderança no setor de biocombustíveis. Abre, também, novos horizontes para a utilização sustentável dessa matéria-prima na produção de combustíveis renováveis e outros produtos industriais.

Victor Barra, diretor de agronegócios da Acelen Renováveis, comemorou a conquista e destacou a importância do feito para a empresa e para o setor de biocombustíveis.

“A primeira extração industrial de óleo de macaúba realizada no Acelen Agripark é algo extraordinário, resultado da combinação entre tecnologia pioneira, inovação e a dedicação incansável da nossa equipe agroindustrial. Estamos criando um legado que combina descarbonização, desenvolvimento sustentável e geração de valor social e econômico”, afirmou Barra.

Macaúba: uma solução sustentável para a transição energética

A macaúba é uma planta nativa do Brasil, conhecida por seu alto potencial de produção de óleo, o qual é altamente eficiente para a fabricação de biocombustíveis.

Segundo a Acelen Renováveis, a macaúba é de sete a dez vezes mais produtiva por hectare do que a soja, o que a torna uma alternativa promissora para a produção de combustíveis renováveis, como biodiesel e combustível sustentável para aviação (SAF).

A planta também tem um papel fundamental na descarbonização do setor de energia, já que pode reduzir as emissões de CO₂ em até 80% quando comparada aos combustíveis fósseis. O Acelen Agripark foi idealizado para ser um centro de inovação e desenvolvimento agrícola, com foco na sustentabilidade e na eficiência da produção de macaúba.

Em janeiro deste ano, a empresa deu o primeiro passo importante ao plantar as primeiras 85 mudas da planta, iniciando um ciclo de avaliação agronômica detalhada. A equipe acredita que o Agripark será fundamental para aprimorar as técnicas de cultivo da macaúba e torná-la uma cultura estratégica para a produção de biocombustíveis em larga escala.

Investimentos e parcerias para acelerar a produção de biocombustíveis renováveis

A Acelen Renováveis está investindo significativamente no desenvolvimento de tecnologias inovadoras e na expansão de sua produção de biocombustíveis.

O projeto, considerado ambicioso e inédito, prevê um investimento de cerca de US$ 3 bilhões na criação de uma unidade integrada para a produção de combustíveis renováveis, hidrogênio verde e combustível sustentável de aviação (SAF).

Além disso, a empresa planeja transformar grandes áreas de pastagens degradadas em plantações de macaúba, com o objetivo de produzir até 1 bilhão de litros de biocombustíveis por ano em sua primeira planta na Bahia.

Para viabilizar essa expansão, a Acelen utilizará 180 mil hectares de pastagens degradadas em Minas Gerais e na Bahia, e 20% dessas plantações serão destinadas à parceria com a agricultura familiar e pequenos produtores, promovendo a inclusão social e econômica.

A companhia também projeta a criação de 85 mil novos empregos diretos e indiretos para implementar essa cadeia produtiva, fortalecendo a economia local e gerando novos negócios para o setor agrícola e energético.



Matéria publicada no portal CPG, dia 08/02, às 11:40 (horário de Brasília)