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A Acelen Renováveis acaba de incluir o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) no ecossistema de pesquisa e desenvolvimento que vem formando em seu esforço para viabilizar o cultivo comercial da macaúba. Nesta quarta-feira (23), a empresa anunciou ter fechado um acordo de cinco anos com a entidade para a realização de estudos e a seleção de materiais para o melhoramento genético da palmeira nativa.

A empresa tem planos para construir uma biorrefinaria com capacidade de fabricar até 1 milhão de m³ anuais de diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF) no município de São Franciso do Conde (BA) – anexa à Refinaria de Petróleo de Mataripe controlada pelo mesmo grupo. Para atender à demanda de óleo vegetal do projeto, a empresa quer cultivar macaúba em 180 mil hectares de pastagens degradadas na Bahia e em Minas Gerais. As estimativas é que a macaúba possa produzir entre 7 e 10 vezes mais óleo por hectare do que a soja.

Segundo a empresa, o projeto como um todo deverá receber US$ 3 bilhões – R$ 17,1 bilhões pela cotação de hoje – em investimentos. Como parte desse esforço, a Acelen Renováveis vai instalar um centro de pesquisa em Montes Claros que deverá centralizar esforços de pesquisa para a domesticação da palmeira.

Nos últimos meses, a Acelen já anunciou parcerias com: Universidade Federal de Viçosa, MulticanaPlus, Unimontes, Esalq e Inflor.

O IAC já vem pesquisando a macaúba desde 2006. A construção de uma cadeia de produção competitiva para uma espécie com baixo grau de domesticação, como a macaúba, exige muito investimento em pesquisa, pois os desafios são enormes”, afirma o pesquisador Carlos Colombo.

Congresso

Até sexta-feira (25) acontece na sede do IAC em Campinas (SP), o I Congresso Internacional e II Congresso Brasileiro de Macaúba. O evento reúne especialistas, pesquisadores e autoridades para discutir o potencial da integração dessa espécie na cadeia de biocombustíveis.

Matéria publicada pelo Biodiesel BR no dia 24/10/2024, às 09h06 (horário de Brasília)