Brasil registra deflação em agosto com IPCA de -0,02%
A taxa mensal do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 0,38% em julho para -0,02% em agosto. O Brasil registrou deflação no mês, quando há queda de preços. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 3ª feira (10.set.2024).
A taxa acumulada em 12 meses desacelerou de 4,50% em julho para 4,24% em agosto. A meta de inflação do Brasil é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. No acumulado do ano, a inflação foi de 2,85%.
IPCA EM AGOSTO
A deflação de agosto foi puxada por 2 grupos: habitação (-0,51%) e alimentação e bebidas (-0,44%). Ambos contribuíram para uma queda de 0,08 ponto percentual no índice do mês.
Segundo o IBGE, o resultado do grupo habitação foi influenciado pela energia elétrica, que teve deflação de 2,77% em agosto. A mudança para a bandeira tarifária verde no mês contribuiu para a queda.
No grupo alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio teve deflação de 0,73%, o 2º recuo consecutivo. Havia registrado uma queda de 1,51% em julho. Ficaram mais baratos os preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%).
INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA
Os dados de inflação são importantes porque podem indicar como o Banco Central vai alterar ou manter os rumos dos juros no Brasil.
A taxa básica (Selic) está em 10,5% ao ano, um patamar relativamente alto. O objetivo da manutenção é controlar a inflação. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.
Matéria publicada pelo Poder 360 no dia 09/09/2024, às 13h04 (horário de Brasília)