China anuncia medidas para impulsionar consumo de serviços e estimular crescimento
A China divulgou nesta terça-feira medidas para impulsionar o consumo de serviços, prometendo abrir ainda mais setores como internet e cultura e incentivar a realização de eventos esportivos internacionais, em uma tentativa de apoiar a economia em desaceleração.
As medidas, divulgadas em conjunto por nove agências governamentais, incluindo o Ministério do Comércio, o Ministério das Finanças e o banco central, também se comprometeram a atrair mais capital estrangeiro e privado para setores como o de assistência médica de médio e alto padrão.
As autoridades também planejam introduzir mais eventos esportivos internacionais, apoiar os governos locais na realização de atividades esportivas de massa e desenvolver eventos de alto nível, ligas profissionais e marcas esportivas.
Em agosto, a produção industrial e as vendas no varejo da China registraram o crescimento mais fraco desde o ano passado, mantendo a pressão sobre Pequim para que implemente mais estímulos para evitar uma forte desaceleração na segunda maior economia do mundo.
O país promoverá a abertura dos setores de internet, cultura, telecomunicações, assistência médica e educação, ao mesmo tempo em que flexibilizará o acesso ao mercado de assistência médica de médio e alto padrão e férias de lazer.
A China buscará atrair mais visitantes estrangeiros expandindo a entrada sem visto e melhorando as políticas de visto.
De acordo com as agências, a China usará recursos do governo central e títulos especiais locais para apoiar a construção de instalações culturais, turísticas, de cuidados com idosos, infantis e esportivas.
As ferramentas de política monetária serão implementadas para incentivar as instituições financeiras a expandirem a oferta de crédito no consumo de serviços e aumentar os empréstimos para empresas do setor.
Em agosto, a China revelou subsídios de juros para empresas em oito setores de serviços ao consumidor, incluindo serviços de alimentação e turismo, em uma tentativa de apoiar o consumo de serviços em meio a uma economia em desaceleração.
Economistas e consultores de políticas chineses pediram que se intensificasse o apoio ao crescente setor de serviços do país para impulsionar o consumo, que os principais líderes priorizaram este ano para estimular o crescimento em meio às disputas sobre tarifas comerciais com os Estados Unidos.
A China também alocou 231 bilhões de iuanes (US$32,47 bilhões) em títulos especiais do Tesouro para um programa de troca de bens de consumo, com foco em eletrodomésticos, telefones celulares e tablets.
Matéria publicada no portal InfoMoney, no dia 16/09/2025, às 09:18 (horário de Brasília)