China não importou soja dos EUA em setembro pela primeira vez em sete anos; importação do Brasil aumenta 30%
A China não importou nenhuma soja dos Estados Unidos em setembro, pela primeira vez desde novembro de 2018 quando os embarques caíram a zero, enquanto as remessas da América do Sul dispararam em relação ao ano anterior. O movimento ocorre à medida que compradores evitam cargas americanas em meio à disputa comercial em andamento entre as duas maiores economias do mundo.
As importações provenientes dos EUA no mês passado caíram para zero, contra 1,7 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (20) pela Administração Geral de Alfândegas da China.
As remessas caíram devido às altas tarifas impostas pela China sobre produtos dos EUA e porque os estoques anteriores de soja americana, conhecidos como “old-crop beans” (soja da safra anterior), já foram comercializados. A China é o maior importador mundial de soja.
“Isso se deve principalmente às tarifas. Em um ano típico, algumas sojas da safra anterior ainda entrariam no mercado”, disse Wan Chengzhi, analista da Capital Jingdu Futures.
As importações provenientes dos EUA no mês passado caíram para zero, contra 1,7 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (20) pela Administração Geral de Alfândegas da China.
As remessas caíram devido às altas tarifas impostas pela China sobre produtos dos EUA e porque os estoques anteriores de soja americana, conhecidos como “old-crop beans” (soja da safra anterior), já foram comercializados. A China é o maior importador mundial de soja.
“Isso se deve principalmente às tarifas. Em um ano típico, algumas sojas da safra anterior ainda entrariam no mercado”, disse Wan Chengzhi, analista da Capital Jingdu Futures.
As importações de soja pela China totalizaram 12,87 milhões de toneladas métricas em setembro, o segundo maior volume já registrado.
A China não comprou nenhuma carga de soja da safra de outono deste ano nos EUA. A janela para compras americanas está se fechando rapidamente, já que os compradores estão garantindo embarques até novembro, principalmente do Brasil e da Argentina, impulsionados por uma breve isenção fiscal oferecida pela Argentina.
Sem um avanço nas negociações comerciais, os agricultores dos EUA podem enfrentar perdas de bilhões de dólares, já que as esmagadoras chinesas continuam comprando da América do Sul. No entanto, Pequim também pode enfrentar um possível aperto na oferta no início do próximo ano, antes que a nova safra brasileira chegue ao mercado.
“Pode haver uma lacuna no fornecimento de soja na China entre fevereiro e abril do próximo ano, caso não haja um acordo comercial. O Brasil já embarcou um volume enorme e ninguém sabe quanto estoque da safra anterior ainda resta”, disse Johnny Xiang, fundador da AgRadar Consulting, com sede em Pequim.
As negociações comerciais entre Pequim e Washington parecem estar retomando força após semanas de novas ameaças tarifárias e controles de exportação. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse neste domingo (19) que acredita que um acordo sobre a soja será alcançado.
Entre janeiro e setembro, a China importou 63,7 milhões de toneladas do Brasil, um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, e 2,9 milhões de toneladas da Argentina, alta de 31,8%.
Mesmo com os compradores chineses evitando a safra atual dos EUA, as compras feitas no início de 2025 elevaram as importações acumuladas de soja americana no ano para 16,8 milhões de toneladas, um aumento de 15,5%, segundo os dados.
Matéria publicada no portal MoneyTimes, no dia 20/10/2025, às 07:28 (horário de Brasília)