Combustíveis sobem e chegam ao maior patamar desde setembro passado

Os preços nos postos de combustíveis continuaram em alta na semana passada, de acordo com pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgada nesta quarta-feira. O valor médio do litro da gasolina passou de R$ 5,97, na semana entre os dias 7 e 13, para R$ 6,13, na semana passada. É uma alta de 2,68%. É ainda o maior patamar desde setembro do ano passado.

Segundo a ANP, o preço mais alto da gasolina — que já sobe há duas semanas seguidas — foi encontrado em São Paulo, onde o litro chega a custar R$ 7,99.

O etanol avançou 3,03%, de R$ 3,96 para R$ 4,08 nas duas últimas semanas. É o maior patamar de preços deste ano, segundo a ANP.

O GLP (gás de botijão) também teve aumento: passou de R$ 101,75 para R$ 103,86 — alta de 2%,

Há duas semanas, a Petrobras anunciou reajuste no preço da gasolina nas refinarias e do GLP nas distribuidoras. No caso da gasolina, a alta foi de 7,11%, ou R$ 0,20 por litro, para R$ 3,01. Foi o primeiro reajuste feito por Magda Chambriard desde que assumiu a companhia, no mês passado .

Além da gasolina, a estatal também elevou o preço do GLP para as distribuidoras passará a ser, em média, equivalente a R$ 34,70 por botijão de 13kg, um aumento equivalente a R$ 3,10. Em 2024, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras, segundo a estatal.

O diesel ficou em R$ 5,95. Na semana anterior, o valor médio era de R$ 5,94. Assim como ocorreu com a gasolina e o etanol, o diesel também está na máxima do preço do ano, diz a ANP.

No caso do diesel, a Petrobras não alterou os preços nas refinarias. O último movimento ocorreu no dia 27 de dezembro de 2023, quando a estatal anunciou queda de R$ 3,78 para R$ 3,48 no preço do litro vendido às distribuidoras.

Apesar do reajuste da Petrobras, os preços dos combustíveis seguem defasados. Segundo a Abicom, que reúne os importadores, a gasolina vendida pela Petrobras está com preço 7% menor em relação ao mercado internacional. No caso do diesel, a defasagem é de 10%.

Tradicionalmente, a ANP divulgava a pesquisa de preços às sextas-feiras, mas, desde as chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul, o órgão regulador passou a divulgar os dados às quartas-feiras.

Matéria publicada pelo O Globo no dia 24/07/2024, às 18h11 (horário de Brasília)