Conab estima produção recorde para safra 2024/2025, influenciada por soja
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima produção recorde na safra 2024/2025, influenciada pela colheita de milho, soja, arroz e algodão. Para o ciclo, a companhia projeta 350,2 milhões de toneladas.
O resultado equivale a uma alta de 16,3% em comparação a safra de 2023/2024. Em números, representa um aumento de 49,1 milhões de toneladas. Desse total, cerca de 47 milhões vêm da colheita de milho, soja, arroz e algodão.
É a maior safra de soja, de milho e de algodão. Veja:
- Soja: produção estimada em 171,5 milhões de toneladas, aumento de 13,3%;
- Milho: produção estimada em 139,7 milhões de toneladas, alta de 20,9%;
- Algodão: produção estimada em 4,1 milhões de toneladas, alta de 9,7%;
- Arroz: produção estimada em 12,8 milhões de toneladas, alta de 20,6%.
A Conab atribuiu os resultados recordes a melhora das condições climáticas e ao aumento da área semeada. Além disso, a companhia também destacou a melhora na produtividade das lavouras.
“Não faltou dinheiro no Plano Safra e o resultado foi uma grande safra agrícola”, disse Edegar Pretto, presidente da Conab.
Queda na produção
Em relação ao trigo, que é uma cultura característica do inverno, a área destinada à colheita do produto reduziu 19,9% em relação à safra passada. Com isso, a produção estimada caiu 4,5%, somando 7,5 milhões de toneladas na safra 2024/2025.
A produção do feijão está estimada em 3,1 milhões de toneladas, queda de 3,9% em relação à safra anterior.
“O feijão está bem. Acompanho semanalmente os preços dos alimentos. Os preços estão se comportando bem. Teve uma pequena variação do café, dado ao tarifaço. O arroz, o feijão, os produtos in natura estão indo bem”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ao ser questionado sobre a queda do feijão.
Estoque
A partir do resultado recorde, a Conab vai atualizar seus estoques de grãos. No fim da safra, em fevereiro de 2026, o estoque de milho deverá atingir 12,7 milhões de toneladas, representando um crescimento de 589,2% em relação ao volume da safra 2023/24.
A companhia também alterou o estoque inicial para a soja na atual safra para 4,32 milhões de toneladas.
Diante do elevado volume de estoques de passagem, da supersafra de algodão e do enfraquecimento do consumo interno, o estoque final do algodão deve crescer 16,4%, alcançando 2,7 milhões de toneladas até o final de 2025, apesar do aumento das exportações.
Para o arroz, projeta-se um aumento nos estoques de passagem ao final da safra 2024/25, com volume estimado em 2,1 milhões de toneladas em fevereiro de 2026.
Matéria publicada na CNN, no dia 11/09/2025, às 09:17 (horário de Brasília)