Diesel russo domina importações brasileiras em maio

A participação do diesel russo entre as importações do combustível no Brasil alcançou os 98% em maio, um aumento significativo em relação aos 67% de abril e 58% em março, segundo relatório do Itaú BBA.

Conforme o banco, o total de importações de diesel pelo país caiu em maio na comparação mensal. A capacidade de utilização das refinarias da Petrobras tem aumentado desde março, segundo o Itaú, o que tem impulsionado o fornecimento doméstico.

“De acordo com nossas estimativas, os preços domésticos do diesel ficaram em linha com os preços do Golfo dos Estados Unidos em maio, o que pode indicar que a arbitragem foi aberta para o diesel da Rússia no período e pode ser de alguma forma responsável pela maior participação das importações russas no mês.”

Segundo o Itaú, os preços do diesel e da gasolina da Petrobras estão dentro das faixas de preço nas estimativas do banco sobre a política da estatal. Entre as distribuidoras, o Itaú BBA diz que a Vibra sofreu um recuo na participação de mercado de diesel, enquanto a Raízen manteve e a Ipiranga registrou aumento.

“Esperamos que Vibra e Ultrapar apresentem margens saudáveis ​​no negócio de distribuição de combustíveis este ano, apoiadas por um ambiente competitivo menos atraente para importadores independentes devido aos preços consistentemente abaixo dos de importação no mercado interno”, diz o relatório.

O Itaú tem recomendação de manutenção para Ultrapar e de compra para Vibra e Raízen. Para Vibra, o preço-alvo do banco é de R$ 28,00 e para Ultrapar, R$ 31,00.

Matéria publicada pelo Valor Econômico no dia 14/06/2024, às 12h34 (horário de Brasília)