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Estados Unidos e União Europeia (UE) estão se aproximando de um acordo comercial que fixa as tarifas sobre importações europeias em 15%, porém, o bloco não descarta a imposição de contramedidas, caso o acordo não vingue, informou nesta quarta-feira (23) o jornal “Financial Times”.

O bloco europeu considera concordar com a tarifa “recíproca” (originalmente fixada em 20%, conforme anunciada por Trump em abril) para evitar a ameaça de uma alíquota de 30% a partir de 1º de agosto, o que a UE considera “inaceitável”.

Os dois lados dispensariam tarifas sobre alguns bens, como aeronaves, bebidas destiladas e equipamentos médicos, informaram algumas fontes próximas às negociações ao “FT”.

Desde abril, os exportadores da UE vêm pagando uma tarifa adicional de 10% sobre bens enviados aos EUA, que se soma às tarifas pré-existentes, cuja média gira em torno de 4,8%.

Segundo as fontes, a tarifa de 15% não excluiria os impostos, o que Bruxelas enxerga como uma continuação do “status quo” comercial. As tarifas sobre o setor automobilístico cairiam de 27,5% para 15%.

A UE, entretanto, não descarta o seu plano de impor um pacote retaliatório de 93 bilhões de euros em bens dos EUA, caso um acordo não seja firmado até o dia 1º de agosto.

Anteriormente, nesta quarta, o “The Guardian” havia relatado que o bloco pretende combinar duas listas de contramedidas previamente preparadas, uma de 21 bilhões de euros e outra de 72 bilhões de euros. Unidas, as duas listas englobam sanções contra produtos que vão desde aves e bebidas alcoólicas até carros e aviões. Caso aprovado pelos Estados-membros da EU, o pacote de contramedidas será executado a partir de 7 de agosto.

Uma autoridade dos EUA declarou ao “FT” que a situação das negociações era “fluida” e “sujeita a mudanças.

A Casa Branca rejeitou as informações, afirmando que discussões acerca de acordos são “especulativas”, exceto as “anunciadas pelo presidente Trump.”

Matéria publicada no Valor Econômico, no dia 23/07/2025, às 13:29 (horário de Brasília)