Futuros do petróleo Brent permanecem estáveis após sinais de demanda mais forte nos EUA

Os futuros de petróleo Brent se mantêm estáveis após dados indicarem demanda mais forte nos EUA, impulsionados pela desaceleração da inflação e pela redução nos estoques de petróleo na semana passada.

Os preços do petróleo Brent subiram 4 centavos, ou 0,05%, para US$ 82,79 por barril. O petróleo bruto dos Estados Unidos, West Texas Intermediate (WTI), ganhou 4 centavos, ou 0,05%, chegando a US$ 78,67.

“O petróleo está avançando moderadamente, impulsionado pela redução nos estoques dos EUA e por um clima de maior risco ativado por sinais de desaceleração da inflação nos EUA, oferecendo margem para uma política monetária mais flexível do Fed”, disseram os analistas do MUFG, Ehsan Khoman e Soojin Kim, em uma nota.

O Brent havia atingido uma queda para US$ 81,05 na quarta-feira – a mais baixa que o contrato futuro de primeiro mês já negociou desde 26 de fevereiro – mas se recuperou cerca de 0,5% no dia.

Os estoques de petróleo bruto, gasolina e destilados dos EUA caíram, refletindo um aumento na atividade de refino e na demanda por combustível, mostraram dados da Administração de Informação de Energia (EIA).

Os estoques de petróleo bruto caíram 2,5 milhões de barris para 457 milhões de barris na semana encerrada em 10 de maio, disse a EIA, em comparação com a previsão de consenso de 543.000 barris em uma pesquisa da Reuters.

Os preços ao consumidor nos EUA subiram menos do que o esperado em abril, impulsionando as expectativas do mercado financeiro de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em setembro, o que poderia atenuar a força do dólar e tornar o petróleo mais acessível para detentores de outras moedas.

No Oriente Médio, os tanques de Israel avançaram para o coração de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, na quinta-feira, enquanto, no sul, suas forças bombardearam Rafah sem avançar, disseram residentes palestinos e militantes.

As negociações de cessar-fogo mediadas por Catar e Egito estão em um impasse, com o Hamas exigindo o fim dos ataques e Israel recusando até que o grupo seja aniquilado.

Matéria publicada pela Reuters no dia 16/05/2024, às 06h10 (horário de Brasília)