Goldman Sachs prevê que a OPEP+ aumentará a produção de petróleo em 0,41 mb/d em agosto

O Goldman Sachs prevê que o grupo petrolífero de oito países da OPEP+ implementará um aumento final de produção de 0,41 milhão de barris por dia (mb/d) em agosto, disse o banco em nota datada de domingo.

“Fundamentos do petróleo spot relativamente apertados, dados de atividade global robustos e suporte sazonal de verão à demanda por petróleo sugerem que a desaceleração esperada na demanda provavelmente não será acentuada o suficiente para impedir o aumento da produção ao decidir os níveis de produção de agosto em 6 de julho”, disse o Goldman Sachs em nota.

A OPEP+, o maior grupo de produtores de petróleo do mundo, manteve-se firme no sábado com outro grande aumento de 411.000 barris por dia em julho, enquanto busca reconquistar participação de mercado e punir os produtores em excesso.

A decisão provavelmente reflete fundamentos relativamente difíceis, uma economia global resiliente e uma mudança contínua em direção a um equilíbrio de longo prazo com o objetivo de normalizar a capacidade excedente, apoiar a coesão interna e disciplinar a produção de xisto dos EUA, observou o Goldman Sachs.

Os preços do petróleo se recuperaram mais de US$ 1 o barril no início do pregão asiático na segunda-feira, depois que a OPEP+ decidiu aumentar a produção em julho na mesma quantidade que fez em cada um dos dois meses anteriores, em linha com a expectativa do mercado.

O Goldman Sachs espera que a OPEP+ mantenha níveis de produção estáveis ​​a partir de setembro, citando a desaceleração do crescimento global no terceiro trimestre e o aumento de novos projetos de larga escala não pertencentes à OPEP.

O Goldman manteve sua previsão cautelosa do preço do petróleo, projetando que o petróleo Brent terá uma média de US$ 60 por barril e o West Texas Intermediate (WTI) de US$ 56 por barril no restante de 2025. Para 2026, ele vê o Brent em US$ 56 e o ​​WTI em US$ 52 por barril.

A previsão reflete que o crescimento esperado da oferta fora do xisto dos EUA gerará excedentes de 1 mbpd em 2025 e 1,5 mbpd em 2026.

O banco manteve sua previsão do preço do petróleo, afirmando que uma melhora moderada na demanda compensa o aumento na oferta da OPEP+.

O Goldman Sachs citou ainda uma revisão para cima das estimativas históricas de demanda da Agência Internacional de Energia (AIE) na África, dados de demanda europeia mais fortes do que o esperado e uma perspectiva mais fraca para veículos elétricos (VE) nos mercados ocidentais como fatores contribuintes.

Matéria publicada na Reuters, no dia 01/06/2025, às 18:49 (horário de Brasília)