Hezbollah assume ataque com drone à casa de férias de Netanyahu e nega negociações durante conflito
O grupo Hezbollah do Líbano afirmou nesta terça-feira que não haverá negociações enquanto os combates com Israel continuarem, e assumiu total responsabilidade por um ataque de drone à casa de férias do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
O grupo “assume total e exclusiva responsabilidade” por atingir a casa de Netanyahu, disse Mohammad Afif, chefe do escritório de mídia do grupo militante apoiado pelo Irã, durante uma coletiva de imprensa nos subúrbios ao sul de Beirute.
“Se nossas mãos não te alcançaram da última vez, então os dias, noites e o campo de batalha ainda estão entre nós”, afirmou ele.
Israel disse que um drone foi lançado contra a casa de férias de Netanyahu no sábado. Netanyahu não estava no local no momento, mas descreveu o incidente como uma tentativa de assassinato por parte do “Hezbollah, procurador do Irã” e chamou-o de “erro grave”.
O Hezbollah também reconheceu, pela primeira vez, que Israel capturou alguns de seus combatentes desde que iniciou uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, e afirmou que Israel é responsável pelo bem-estar deles.
O Hezbollah não capturou nenhum soldado israelense, mas esteve perto disso, disse Afif. “Não vai demorar muito até termos prisioneiros do inimigo (Israel).”
Ele também negou que a Associação Al-Qard Al-Hassan do grupo estivesse envolvida no financiamento de salários ou armas do Hezbollah e disse que cumpriria suas obrigações com os clientes, mesmo após Israel tê-la atacado com cerca de 30 bombardeios no domingo.
Israel e os Estados Unidos afirmam que a Al-Qard Al-Hassan, que possui mais de 30 unidades em todo o Líbano, é usada pelo Hezbollah para lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, alegações que o grupo nega.
Matéria publicada pela Reuters no dia 22/10/2024, às 09h51 (horário de Brasília)