IBGE: desemprego sobe para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro — uma alta de 0,7 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior (encerrado em novembro de 2024), quando estava em 6,1%. Esta é a terceira alta consecutiva do contingente.

O nível é o menor para os trimestres encerrados em fevereiro desde 2014. A taxa de 6,8% atinge o mesmo patamar da mais baixa dentro da série histórica, iniciada em 2012. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28/3).

Embora o número de desempregados tenha aumentado, o rendimento dos trabalhadores chegou ao recorde da série (R$ 3.378), bem como a quantidade de trabalhadores com carteira assinada no país (39,6 milhões).


Desemprego em 2024

  • No ano passado, a quantidade de pessoas desocupadas (que não estavam trabalhando e que procuravam por emprego) totalizou 7,4 milhões e foi o menor contingente em uma década, ou seja, desde 2014 (7 milhões).
  • O nível de ocupação (percentual de pessoas em idade apta a trabalhar) de 2024 foi estimado em 58,6% e ultrapassou o recorde anterior de 2013, quando o índice era de 58,3%.
  • Em 2024, o país teve 103,3 milhões de pessoas trabalhando — novo recorde dentro da série iniciada em 2012.
  • Brasil criou 1,69 milhão de empregos formais (com carteira assinada) em 2024. Esse número representa alta de 16,5% em comparação a 2023, quando foram criados 1,45 milhão de postos desse tipo.

Brasil tem 7,5 milhões de desocupados

A população desocupada (quem não estava trabalhando e procura por emprego) cresceu 10,4% no trimestre. Hoje, 7,5 milhões estão desempregados no país. No ano, esse contingente recuou 12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas).

Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, essa “alta segue o padrão sazonal da PNAD contínua com a tendencia de expansão da busca por trabalho nos meses do primeiro trimestre de cada ano”.

A população ocupada (ou seja, em idade apta para trabalhar) caiu 1,2% no mesmo período, totalizando 102,7 milhões de pessoas. Por outro lado, o número de empregados subiu 2,4% no ano.

Confira os principais destaques da Pnad Contínua:

  • Nível de ocupação: 58%
  • População ocupada: 102,7 milhões
  • Taxa de subutilização: 15,5%
  • População subutilizada: 18,3 milhões
  • População desalentada: 3,2 milhões
  • Empregados com carteira de trabalho no setor privado: 39,6 milhões (recorde)
  • Empregados sem carteira de trabalho no setor privado: 13,5 milhões
  • Empregados no setor público: 12,4 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,1%
  • Trabalhadores informais: 39,1 milhões

Matéria publicada no Metrópoles, no dia 28/03/2025, às 09:05 (horário de Brasília)