Importações de petróleo da China em setembro aumentam 3,9% em relação ao ano anterior e caem 4,5% em relação a agosto
As importações de petróleo bruto da China aumentaram 3,9% em setembro em relação ao ano anterior, já que as refinarias operaram em suas maiores taxas de utilização neste ano.
Maior importador de petróleo bruto do mundo, a China importou 47,25 milhões de toneladas métricas de petróleo em setembro, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas divulgados na segunda-feira, ou o equivalente a 11,5 milhões de barris por dia.
As taxas de utilização das refinarias da China em setembro atingiram o nível mais alto do ano, com níveis relativamente altos de produção diária de gasolina e diesel, embora a oferta tenha continuado a superar a demanda, disse a empresa de consultoria chinesa Oilchem.
As unidades de destilação atmosférica e a vácuo nas refinarias chinesas usaram 73,45% da capacidade, um aumento de 1,28 ponto percentual em relação a agosto e 3,22 pontos percentuais em relação ao ano anterior, disse a Oilchem.
A utilização das refinarias estatais aumentou 3,55 pontos percentuais no ano, para 81,05% da capacidade, enquanto as refinarias independentes aumentaram sua utilização em 3,02 pontos percentuais, para 62,17%, acrescentou a Oilchem.
Um total de 14 refinarias passaram por manutenção em setembro, duas a menos que em agosto, envolvendo uma capacidade combinada de 70,4 milhões de toneladas por ano, uma queda de 12,3 milhões em relação ao mês anterior, disse a empresa de consultoria.
No entanto, as importações de petróleo bruto marítimo da China caíram em setembro para o menor nível desde janeiro, com as remessas do Irã atingindo o menor nível desde janeiro, de acordo com dados da Kpler.
“O declínio mensal refletiu principalmente as cotas de importação apertadas para refinarias independentes, o que restringiu as compras de barris russos e iranianos, enquanto a arbitragem mais restrita em junho também reduziu os fluxos do Brasil e da África Ocidental, que foram carregados em julho e agosto”, disse Muyu Xu, analista sênior de petróleo bruto da Kpler.
Nos primeiros nove meses do ano, as importações totais de petróleo bruto aumentaram 2,6%, para 423 milhões de toneladas, refletindo a contínua atividade de estocagem da China.
As importações de gás natural, incluindo gás de gasoduto e gás natural liquefeito (GNL), caíram 7,8% em setembro, para 11,05 milhões de toneladas, em relação ao ano anterior.
A China importou 92,86 milhões de toneladas de GNL nos primeiros nove meses, queda de 6,2% em relação ao ano anterior.
(1 tonelada métrica de petróleo bruto = 7,3 barris)
Matéria publicada na Reuters, no dia 13/10/2025, às 00:16 (horário de Brasília)