Israel e Irã aceitam cessar-fogo, mas Tel Aviv denuncia violação; Teerã nega
Israel e Irã aceitaram na manhã desta terça-feira (24) um cessar-fogo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após 12 dias de confrontos diretos e bombardeios entre os dois países. Horas depois do anúncio, no entanto, o governo israelense acusou Teerã de violar o acordo ao lançar novos mísseis contra seu território. O Irã nega a acusação.
Segundo as Forças Armadas de Israel, o Irã disparou ao menos quatro mísseis logo após o início da trégua, provocando a morte de quatro pessoas na cidade de Beersheba, no sul do país. Em resposta, Israel afirmou ter bombardeado plataformas de lançamento no oeste iraniano e declarou que “responderá com força” a qualquer nova ofensiva.
A agência estatal iraniana Tasnim, por sua vez, informou que o Estado-Maior das Forças Armadas do Irã nega qualquer lançamento de mísseis contra Israel desde o início da trégua.
O cessar-fogo foi anunciado por Donald Trump nas redes sociais horas após o Irã atacar uma base americana no Catar, em retaliação aos bombardeios dos EUA contra três instalações nucleares iranianas no fim de semana. Segundo o presidente, a trégua entraria em vigor às 7h30 da manhã em Israel (1h30 em Brasília).
A confirmação israelense veio pouco depois, em comunicado que afirmava ter atingido os objetivos militares, “em plena coordenação com o presidente Trump”. O Irã, por sua vez, afirmou que cessaria os ataques se Israel interrompesse seus bombardeios até as 4h da manhã, horário local.
A expectativa de uma desescalada do conflito impulsionou os mercados. Na Ásia, o índice Kospi, da Coreia do Sul, subiu 3%. Os futuros do S&P 500 registraram alta, e os preços do petróleo recuaram aos níveis anteriores ao início dos confrontos.
Matéria publicada no portal InfoMoney, no dia 24/06/2025, às 06:23 (horário de Brasília)