O preço do petróleo se estabiliza antes das negociações de paz na Ucrânia e da decisão do Fed sobre a taxa de juros

Os preços do petróleo se estabilizaram nesta quarta-feira, enquanto os investidores acompanhavam o progresso nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia e aguardavam uma decisão sobre as taxas de juros nos Estados Unidos.

Após quedas de cerca de 1% na sessão anterior, o petróleo Brent subiu 7 centavos, ou 0,1%, para US$ 62,01 o barril às 07:39 (horário de Brasília), enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA ganhou 10 centavos, ou 0,2%, para US$ 58,35.

Fontes de mercado, citando dados da API, informaram nesta terça-feira que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram 4,78 milhões de barris na semana passada, enquanto os estoques de gasolina subiram 7 milhões de barris e os de destilados aumentaram 1,03 milhão de barris. Os dados do governo serão divulgados às 12:h30 (horário de Brasília).

Entretanto, os mercados esperavam que o Federal Reserve dos EUA reduzisse sua principal taxa de juros em um quarto de ponto percentual na quarta-feira para apoiar um mercado de trabalho em arrefecimento.

A redução das taxas de juros poderia impulsionar a demanda por petróleo, estimulando o crescimento econômico, mas os ganhos foram limitados pela preocupação de que a oferta possa superar a demanda. Embora o mercado de petróleo esteja caminhando para um cenário de excesso de oferta, a produção russa continua representando um risco, afirmaram analistas do ING em nota.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy afirmou que seu país e seus parceiros europeus apresentarão em breve aos Estados Unidos “documentos refinados” sobre um plano de paz para pôr fim à guerra com a Rússia.

Um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia poderia levar à remoção das sanções internacionais contra empresas russas, o que poderia liberar o fornecimento restrito de petróleo.

Entretanto, a Administração de Informação Energética (EIA) afirmou que espera que a produção de petróleo dos EUA neste ano seja maior do que o previsto anteriormente, elevando sua projeção para 2025 em 20.000 barris, para uma média recorde de 13,61 milhões de barris por dia.

A organização, no entanto, reduziu sua previsão de produção para 2026 em 50.000 barris, para 13,53 milhões de barris por dia.

Matéria publicada na Reuters, no dia 10/12/2025, às 05:05 (horário de Brasília)