O preço do petróleo se estabiliza enquanto os mercados avaliam as sanções à Rússia e as previsões de excesso de oferta

Os preços do petróleo se estabilizaram nesta terça-feira, recuperando terreno após as perdas iniciais, enquanto os investidores avaliavam o impacto das sanções ocidentais sobre o fluxo de petróleo russo em relação a um excedente de oferta esperado para o próximo ano.

Às 07:31 (horário de Brasília), o petróleo Brent subia 2 centavos, para US$ 64,21 o barril. O petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA ganhava 6 centavos, chegando a US$ 59,97.

“Os investidores avaliaram o impacto de um excedente global crescente em relação às sanções dos EUA que estão interrompendo o fluxo de petróleo bruto russo”, disse a analista da MUFG, Soojin Kim.

Ambos os índices de referência estavam sendo negociados com queda de cerca de 1% no início da sessão.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse que as sanções impostas em outubro à Rosneft e Lukoil já estão a afetar as receitas petrolíferas de Moscovo e prevê-se que reduzam os volumes de exportação russos ao longo do tempo.

Um alto funcionário da Casa Branca afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, está disposto a assinar a legislação de sanções contra a Rússia, desde que mantenha a autoridade final sobre sua implementação.

Trump afirmou no domingo que os republicanos estão elaborando um projeto de lei para impor sanções a qualquer país que faça negócios com a Rússia, acrescentando que o Irã também poderia ser incluído.

Entretanto, o porto russo de Novorossiysk retomou o carregamento de petróleo no domingo, após uma suspensão de dois dias provocada por um ataque ucraniano com mísseis e drones, de acordo com duas fontes da indústria e dados compilados pela LSEG.

As exportações de Novorossiysk e de um terminal próximo do Consórcio do Oleoduto do Cáspio, que juntas representam cerca de 2,2 milhões de barris por dia, ou aproximadamente 2% da oferta global, foram interrompidas na sexta-feira, elevando os preços do petróleo bruto em mais de 2% naquele dia.

O Goldman Sachs afirmou na segunda-feira que os preços do petróleo devem cair até 2026, citando uma onda de oferta que mantém o mercado em excedente. No entanto, a instituição observou que o Brent poderia subir acima de US$ 70 por barril em 2026/2027 se a produção russa cair mais acentuadamente.

Matéria publicada na Reuters, no dia 18/11/2025, às 05:33 (horário de Brasília)