Operação da Polícia Civil cumpre mandados em postos de combustíveis de empresário ligado ao PCC

Cinco postos de combustíveis da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, são alvos da Operação Octanagem, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (21). O objetivo da ação é cumprir mandados de busca e apreensão em estabelecimentos relacionados ao empresário Mohamad Hussein Mourad. Ele é suspeito de comandar a lavagem de dinheiro da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

O empresário foi investigado por meio da Operação Carbono Oculto, que revelou a infiltração do PCC na cadeia de produção e distribuição de combustíveis no Brasil.

Ao todo, seis mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta terça-feira (21), sendo três em postos de combustíveis em Praia Grande, dois em Santos e um em Araraquara, no interior paulista.

De acordo com a polícia, os postos estavam no nome de Himad Mourad, primo de Mohamad, que é apontado como um dos principais laranjas do esquema de sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro.

Ainda segundo a corporação, o objetivo da ação é atingir o lado “varejista” da organização criminosa, que continua em funcionamento mesmo depois da Carbono Oculto.

A operação é acompanhada por fiscais da Agência Nacional do Petróleo, Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

Deflagrada em agosto, a Operação Carbono Oculto reuniu cerca de 1,4 mil agentes para cumprir mandados de busca, apreensão e prisão com objetivo de desarticular um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A operação, considerada a maior da história do Brasil contra o crime organizado, teve como alvos mais de 350 pessoas e empresas suspeitas de ajudar o PCC a esconder o dinheiro obtido nos crimes – prática conhecida como lavagem de dinheiro. O grupo sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, segundo autoridades da Fazenda de SP.

Quinze alvos da operação, supostamente ligados a esse esquema de lavagem, são sócios de ao menos 251 postos de combustíveis em quatro estados do país segundo levantamento feito pelo g1. Destes, 33 postos ficam em seis cidades da Baixada Santista.

Matéria publicada no portal da Fecombustíveis, no dia 21/10/2025, às 06:00 (horário de Brasília)