Petróleo cai pelo primeiro dia em três antes da decisão do Fed dos EUA
Os preços do petróleo caíram nesta quarta-feira após duas sessões de ganhos depois que um relatório do setor mostrou aumento dos estoques de petróleo e combustíveis dos EUA, compensando a crescente tensão no Oriente Médio e o impacto potencialmente otimista de um corte na taxa de juros dos EUA.
Os estoques de petróleo dos EUA subiram 1,96 milhão de barris na semana encerrada em 13 de setembro, disseram fontes do mercado na terça-feira, citando números do American Petroleum Institute. Os estoques de gasolina e destilados também aumentaram.
Os futuros do petróleo Brent para novembro caíram 67 centavos, ou 0.91%, a US$ 73.03 o barril. Os futuros do petróleo dos EUA para outubro caíram 72 centavos, ou 1,01%, para US$ 70,47.
“O petróleo foi negociado mais fraco depois que um aumento semanal nos estoques de petróleo e combustível dos EUA, relatado pela API, ajudou a compensar as tensões sustentadas no Oriente Médio”, disse Ole Hansen, do Saxo Bank, à Reuters.
O Brent encenou uma recuperação desde que caiu abaixo de US$ 70 para o menor nível desde dezembro de 2021 em 10 de setembro. Ele enfrenta resistência em torno de US $ 75 devido às fracas margens globais das refinarias que sinalizam uma demanda lenta, acrescentou.
“O fim do pico de demanda no verão e uma mudança negativa no sentimento dos analistas contribuíram para a queda de preços, embora possíveis conflitos no Oriente Médio ainda representem um risco de interrupções no fornecimento”, disse Mazen Salhab, estrategista-chefe de mercado MENA, da BDSwiss.
Espera-se que o Federal Reserve faça seu primeiro corte na taxa de juros em mais de quatro anos, com os mercados precificando uma chance de 63% de uma redução de 50 pontos-base.
“Provavelmente, a incerteza da magnitude do provável corte das taxas do Fed hoje à tarde também está mantendo os investidores cautelosos”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.
O petróleo encontrou algum apoio dos riscos de aumento da violência no Oriente Médio interrompendo o fornecimento depois que o Hezbollah acusou Israel de atacar o grupo militante com pagers carregados de explosivos no Líbano. O Hezbollah prometeu retaliar contra Israel, cujos militares se recusaram a comentar as explosões.
Matéria publicada pela Reuters no dia 18/09/2024, às 10h19 (horário de Brasília)
