Petróleo deve registrar maior ganho semanal em três meses com corte na exportação de combustível pela Rússia

Os preços do petróleo permaneceram estáveis ​​na sexta-feira, a caminho de um ganho semanal de mais de 4%, já que os ataques da Ucrânia à infraestrutura energética da Rússia levaram Moscou a restringir as exportações de combustível.

Os contratos futuros do Brent caíram 3 centavos para US$ 69,39 o barril às 08h46 (horário de Brasília), enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caiu 6 centavos para US$ 64,92 o barril.

“O prêmio de risco geopolítico, que vem aumentando constantemente nos últimos dois meses à medida que os ataques de drones ucranianos se intensificaram, agora se materializou em uma escassez real de oferta, em detrimento da Europa, que está estruturalmente carente de destilados”, disse o analista da PVM, Tamas Varga.

Ambos os índices devem registrar seus maiores aumentos desde meados de junho.

A Rússia introduzirá uma proibição parcial às exportações de diesel até o final do ano e estenderá a proibição existente às exportações de gasolina, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak na quinta-feira.

A queda na capacidade de refino deixou diversas regiões russas enfrentando escassez de certos tipos de combustível.

O alerta da OTAN sobre uma resposta a novas violações de seu espaço aéreo aumentou as tensões da guerra na Ucrânia e levantou perspectivas de sanções adicionais à indústria petrolífera da Rússia, disse o analista do ANZ, Daniel Hynes.

Do lado da oferta, as exportações de petróleo bruto da região semiautônoma do Curdistão do Iraque para a Turquia estavam programadas para serem retomadas no sábado, disseram três fontes familiarizadas com os planos à Reuters na sexta-feira.

Do lado da demanda, o produto interno bruto dos EUA aumentou a uma taxa anualizada revisada para cima de 3,8% no último trimestre, informou o Bureau of Economic Analysis do Departamento de Comércio em sua última estimativa na quinta-feira.

Dados econômicos mais fortes do que o esperado podem deixar o Federal Reserve dos EUA mais cauteloso sobre cortes nas taxas de juros após um corte de 25 pontos-base na semana passada, o primeiro desde dezembro.

Matéria publicada na Reuters, no dia 26/09/2025, às 06:00 (horário de Brasília)