Petróleo mantém alta com demanda nos EUA e possível adiamento de corte da OPEP+
Os preços do petróleo subiram 1% na quinta-feira após uma alta no dia anterior, impulsionados pela demanda de combustível dos EUA, que foi mais forte do que o esperado, e por relatos de que o grupo de produtores OPEP+ pode adiar um aumento planejado na produção.
Os operadores também aguardam o resultado da eleição presidencial dos EUA em 5 de novembro e se cessar-fogos podem ser negociados no Oriente Médio.
Os futuros do Brent subiram 75 centavos, ou 1%, para US$ 73,30 por barril. Os futuros do WTI aumentaram 91 centavos, ou 1,3%, para US$ 69,52.
Ambos os contratos subiram mais de 2% na quarta-feira.
Os estoques de gasolina dos EUA caíram mais do que o esperado para o menor nível em dois anos na semana que terminou em 25 de outubro, disse a Administração de Informação de Energia, enquanto os estoques de petróleo registraram uma queda inesperada devido à diminuição das importações.
“A queda inesperada nos estoques de gasolina dos EUA proporcionou uma oportunidade de compra, pois a demanda parecia mais forte do que o esperado”, disse o analista da Fujitomi Securities, Toshitaka Tazawa.
Outro fator de apoio veio de um possível adiamento dos aumentos de produção de petróleo planejados pela OPEP+ de dezembro para mais um mês ou mais, devido à preocupação com a demanda fraca e o aumento da oferta.
Uma decisão pode vir já na próxima semana, segundo informou a Reuters. A OPEP+ está programada para se reunir em 1º de dezembro para decidir seus próximos passos na política.
Em outro lugar, a atividade manufatureira na China, o maior importador de petróleo do mundo, expandiu em outubro pela primeira vez em seis meses, sugerindo que as medidas de estímulo estão surtindo efeito.
Os futuros do Brent e do WTI caíram mais de 6% na segunda-feira com a redução do risco de envolvimento direto do Irã no conflito mais amplo no Oriente Médio, e agora os negociadores estão pressionando por cessar-fogos no Líbano e em Gaza.
Com o enfraquecimento dos temores de uma guerra mais ampla no Oriente Médio, a atenção do mercado voltou-se para as expectativas de deterioração dos balanços globais de petróleo em 2025, quando a oferta deverá superar a demanda, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank.
Matéria publicada pela Reuters no dia 31/10/2024, às 10h26 (horário de Brasília)