Petróleo se estabiliza com potencial reunião entre Trump e Putin nos próximos dias
Os preços do petróleo se estabilizaram na quinta-feira, reduzindo os ganhos iniciais depois que o Kremlin anunciou que o presidente russo, Vladimir Putin, se encontrará com o presidente dos EUA, Donald Trump, nos próximos dias, aumentando as expectativas de um fim diplomático para a guerra na Ucrânia.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 30 centavos, ou 0,5%, para US$ 67,19 o barril às 08:01 (horário de Brasília). O petróleo bruto West Texas Intermediate, dos EUA, ganhou 27 centavos, ou 0,4%, para US$ 64,62.
Ambos os índices de referência caíram cerca de 1% na quarta-feira, atingindo o menor nível em oito semanas, após comentários de Trump sobre o progresso nas negociações com Moscou.
O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, disse na quinta-feira que Trump e Putin se encontrarão nos próximos dias no que seria a primeira cúpula entre líderes dos dois países desde 2021.
Um funcionário da Casa Branca havia dito anteriormente que Trump poderia se encontrar com Putin já na semana que vem, embora os EUA continuassem os preparativos para impor sanções secundárias, potencialmente incluindo a China, para pressionar Moscou a acabar com a guerra na Ucrânia.
O petróleo está modestamente em alta, beneficiando-se de uma queda nos EUA, dos preços mais altos da Arábia Saudita para a Ásia e das sólidas importações de petróleo bruto da China em julho, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo, acrescentando que os ganhos foram limitados pelas notícias da possível reunião entre Trump e Putin na próxima semana.
A Rússia é o segundo maior produtor de petróleo do mundo, atrás dos Estados Unidos.
A Administração de Informação de Energia disse na quarta-feira que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram em 3 milhões de barris, para 423,7 milhões de barris na semana encerrada em 1º de agosto, superando o declínio esperado de 591.000 barris em uma pesquisa da Reuters com analistas.
Na China, as importações de petróleo bruto em julho caíram 5,4% em relação a junho , mas ainda aumentaram 11,5% em relação ao ano anterior, com analistas esperando que a atividade de refino permaneça firme no curto prazo.
A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, aumentou na quarta-feira os preços do petróleo bruto de setembro para compradores asiáticos, o segundo aumento mensal consecutivo, devido à oferta restrita e à demanda robusta.
No entanto, a incerteza macroeconômica global limitou os ganhos de preços depois que os EUA impuseram uma nova série de tarifas sobre produtos indianos. Trump impôs uma tarifa adicional de 25% sobre produtos indianos na quarta-feira, citando as importações contínuas de petróleo russo pelo país. O novo imposto de importação entrará em vigor em 28 de agosto.
Matéria publicada na Reuters, no dia 07/08/2025, às 06:07 (horário de Brasília)
