Petróleo sobe após Trump cancelar licença da Chevron na Venezuela

Os preços do petróleo se recuperaram na quinta-feira, com as preocupações com o fornecimento ressurgindo depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, revogou uma licença concedida à grande petrolífera norte-americana Chevron (CVX.N), abre uma nova abapara operar na Venezuela.

Os ganhos foram limitados, no entanto, por sinais de um possível acordo de paz na Ucrânia, o que poderia resultar em maiores fluxos de petróleo russo e um aumento inesperado nos estoques de gasolina e destilados dos EUA.

Os contratos futuros do petróleo Brent subiam 71 centavos, ou 0,98%, para US$ 73,24 o barril às 07h49 (horário de Brasília). Os contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA subiam 64 centavos, ou 0,93%, para US$ 69,26.

Os contratos haviam se estabelecido na sessão anterior em seu menor nível desde 10 de dezembro e ambos os índices de referência perderam cerca de 4,5% neste mês.

“Os preços estão se estabilizando esta manhã em torno de suas mínimas de dois meses depois que Trump reverteu a licença da Chevron para exportar petróleo venezuelano”, disse o analista da PVM, Tamas Varga.

O envolvimento de Trump nos esforços para facilitar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia também está em foco.

Trump disse que o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy visitaria Washington na sexta-feira para assinar um acordo sobre minerais de terras raras, embora o líder ucraniano tenha dito que o sucesso das negociações dependeria da ajuda contínua dos EUA.

“Os mercados gostam de clareza em oposição à incerteza. A menos que um caminho claro seja apresentado em tarifas e paz no Leste Europeu, os preços do petróleo permanecerão na defensiva com altas esporádicas e espontâneas baseadas em manchetes”, disse Varga.

Os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram inesperadamente na semana passada, à medida que a atividade de refino aumentou, enquanto os estoques de gasolina e destilados registraram ganhos surpreendentes, disse a Energy Information Administration na quarta-feira.

Matéria publicada na Reuters, no dia 27/02, às 05:37 (horário de Brasília)