Petróleo sobe com esperanças de estímulo da China e queda de estoque nos EUA
O petróleo subiu nesta quinta-feira em um fraco comércio de fim de ano, impulsionado por esperanças de estímulo fiscal adicional na China, maior importador de petróleo do mundo, e apoiado por um relatório da indústria mostrando um declínio nos estoques de petróleo dos EUA.
As autoridades chinesas concordaram em emitir 3 trilhões de iuanes (411 bilhões de dólares) em títulos especiais do Tesouro no próximo ano, informou a Reuters nesta terça-feira, citando duas fontes, enquanto Pequim aumenta o estímulo fiscal para reviver uma economia enfraquecida.
Os futuros do petróleo Brent subiram 25 centavos, ou 0,3%, para US$ 73,83 o barril. O petróleo bruto US West Texas Intermediate estava em US$ 70,49, alta de 0,6%, ou 39 centavos, em relação às negociações pré-Natal de terça-feira.
“Vejo dois fatores apoiando os preços do petróleo. Por um lado, o apoio deve vir de um mercado ainda com pouca oferta”, disse Giovanni Staunovo, do UBS, citando a perspectiva de uma queda nos estoques de petróleo dos EUA no relatório oficial de oferta de sexta-feira.
“O apoio adicional está vindo da expectativa de mais estímulos fiscais e monetários na China.”
O Banco Mundial elevou na quinta-feira sua previsão para o crescimento econômico da China em 2024 e 2025, mas alertou que a confiança moderada das famílias e das empresas, juntamente com os ventos contrários no setor imobiliário, continuarão pesando no próximo ano.
Satoru Yoshida, analista de commodities da Rakuten Securities, disse que as expectativas de aumento da produção e demanda de combustíveis fósseis após a posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, no próximo mês também estão impulsionando os preços do petróleo.
O último relatório semanal sobre os estoques dos EUA, do grupo industrial American Petroleum Institute, mostrou que os estoques de petróleo caíram na semana passada em 3,2 milhões de barris, disseram fontes do mercado na terça-feira.
Os analistas estão esperando para ver se o relatório oficial de estoque da Administração de Informações de Energia (EIA – Sigla em inglês) confirma o declínio. Os dados da EIA devem ser divulgados na sexta-feira, mais tarde do que o normal por causa do feriado de Natal.
Matéria publicada pela Reuters no dia 26/12/2024, às 09h26 (horário de Brasília)