Petróleo sobe mais de 1% com restrições ao aumento da produção da OPEP+
Os preços do petróleo subiram mais de 1% na quarta-feira, ajudados por um aumento de produção menor do que o esperado pelo grupo de produtores Opep+ no mês que vem, embora preocupações com excesso de oferta tenham limitado novos ganhos.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 82 centavos, ou 1,3%, para US$ 66,27 o barril às 06h45 (horário de Brasília). O petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA subiu 85 centavos, ou 1,4%, para US$ 62,58.
Os índices de referência se estabilizaram na sessão anterior, com os investidores avaliando sinais de excesso de oferta em relação a um aumento menor do que o esperado na produção de novembro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, ou OPEP+.
“O mínimo que a OPEP+ decidiu fazer no domingo ainda forneceu algum suporte”, disse o analista de petróleo da PVM, Tamas Varga, em nota na quarta-feira.
A OPEP+ concordou em aumentar suas metas de produção para novembro em 137.000 barris por dia (bpd) devido às crescentes preocupações sobre um iminente excesso no mercado de petróleo, disseram fontes do grupo à Reuters.
O Goldman Sachs informou que observou um aumento de estoque de 1,5 milhão de bpd no último trimestre, apesar da forte demanda sazonal. O banco espera um superávit de 2 milhões de bpd no período do quarto trimestre de 2025 ao quarto trimestre de 2026.
Mas vê um risco de alta nos preços devido ao declínio da produção russa.
Os investidores também estão aguardando os dados de estoque dos EUA da Energy Information Administration, divulgados ainda na quarta-feira.
Na terça-feira, fontes citando dados do Instituto Americano de Petróleo disseram que os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram em 2,78 milhões de barris na semana encerrada em 3 de outubro.
Por outro lado, os estoques de gasolina e destilados caíram, disseram as fontes, citando os dados da API.
Enquanto isso, a produção de petróleo dos EUA provavelmente estabelecerá um recorde maior neste ano do que o esperado anteriormente, disse a EIA na terça-feira.
Matéria publicada na Reuters, no dia 08/10/2025, às 04:19 (horário de Brasília)