Preços do petróleo permanecem estáveis enquanto investidores aguardam dados de estoques de petróleo dos EUA e planos de estímulo da China
Os preços do petróleo ficaram amplamente estáveis nesta quinta-feira, enquanto investidores aguardavam desenvolvimentos no Oriente Médio, a divulgação de dados oficiais de estoques de petróleo dos EUA e detalhes sobre os planos de estímulo da China.
Os futuros do Brent caíram 4 centavos, para US$ 74,18 o barril, enquanto os futuros do West Texas Intermediate (WTI) dos EUA estavam a US$ 70,37 o barril, uma queda de 2 centavos.
Ambos os índices de referência encerraram em baixa na quarta-feira, fechando no nível mais baixo desde 2 de outubro, pelo segundo dia consecutivo, após a OPEP e a Agência Internacional de Energia (AIE) reduzirem as previsões de demanda para 2024 e 2025.
Os preços também caíram à medida que diminuíram os temores de que um ataque retaliatório de Israel ao Irã, em resposta ao ataque de mísseis deste último em 1º de outubro, pudesse interromper o fornecimento de petróleo. No entanto, ainda há incerteza sobre como o conflito no Oriente Médio se desenvolverá.
“As próximas medidas retaliatórias do país contra o Irã ainda não estão claras”, disse John Evans, da corretora de petróleo PVM.
Ele acrescentou que o Oriente Médio “certamente fornecerá motivos suficientes para movimentar os preços do petróleo novamente em breve, e os investidores hoje também estarão preocupados com uma abundância de dados financeiros”.
Entre esses dados estão os estoques de petróleo dos EUA. A Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) divulgará seus dados oficiais do governo.
Os números da American Petroleum Institute (API) de quarta-feira mostraram que os estoques de petróleo bruto e combustíveis caíram na semana passada, disseram fontes do mercado, contrariando as expectativas de aumento nos estoques de petróleo bruto.
“Qualquer sinal de demanda fraca no relatório semanal de estoques da EIA pode exercer mais pressão de queda sobre os preços do petróleo”, disseram analistas do ANZ.
Enquanto isso, o Banco Central Europeu cortou as taxas de juros pela terceira vez neste ano, nesta quinta-feira, indicando que a inflação na zona do euro está cada vez mais sob controle e que as perspectivas econômicas pioraram.
Essa decisão deve impulsionar os preços do petróleo, pois torna o crédito mais barato, potencialmente aumentando a demanda.
Os investidores também aguardam mais detalhes de Pequim sobre os planos amplos anunciados em 12 de outubro para revitalizar sua economia, incluindo esforços para apoiar seu enfraquecido mercado imobiliário.
Matéria publicada pela Reuters no dia 17/10/2024, às 07h00 (horário de Brasília)