Preços do petróleo se aproximam de US$ 75 com estímulos chineses e tensão no Oriente Médio

Os preços do petróleo subiram para US$ 75 por barril nesta terça-feira, ampliando os ganhos da sessão anterior, enquanto investidores avaliavam o impacto das medidas de estímulo da China para impulsionar sua economia, ao mesmo tempo em que persistiam preocupações sobre o conflito no Oriente Médio.

Os futuros de petróleo Brent para entrega em dezembro subiram 43 centavos, ou 0,6%, para US$ 74,72. Os futuros de petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA para entrega em novembro subiram 49 centavos, ou 0,7%, para US$ 71,05 por barril, no último dia de negociação como contrato de referência.

Os futuros de WTI mais negociados para entrega em dezembro, que em breve se tornarão o contrato de referência, também subiram 49 centavos, ou 0,7%, para US$ 70,53 por barril.

Tanto o Brent quanto o WTI subiram quase 2% na segunda-feira, recuperando parte da queda de mais de 7% da semana passada, com a continuidade dos combates no Oriente Médio e o nervosismo do mercado diante da possível retaliação de Israel contra o Irã, o que poderia interromper o fornecimento de petróleo.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Israel nesta terça-feira, a primeira parada em uma turnê pelo Oriente Médio em que buscará retomar as negociações para encerrar a guerra em Gaza e conter o conflito no Líbano.

“Os preços do petróleo têm flutuado em resposta a notícias mistas do Oriente Médio, à medida que a situação alterna entre escalada e desescalada”, disse Satoru Yoshida, analista de commodities da Rakuten Securities.

O mercado continuou a avaliar as implicações das medidas de estímulo da China e o aumento da atividade econômica nos EUA para a demanda por combustível, acrescentou ele.

Na segunda-feira, Pequim cortou as taxas de juros de referência como parte das medidas de estímulo para revitalizar a economia, já que dados da semana passada mostraram que o crescimento foi o mais lento desde o início de 2023 no terceiro trimestre.

Espera-se que o crescimento da demanda de petróleo da China permaneça fraco em 2025, à medida que a segunda maior economia do mundo eletrifica sua frota de automóveis e cresce em um ritmo mais lento, disse o chefe da Agência Internacional de Energia na segunda-feira.

Ainda assim, a Saudi Aramco (2222.SE) está “relativamente otimista” em relação à demanda de petróleo da China, especialmente à luz do pacote de estímulo do governo, que visa impulsionar o crescimento, disse o chefe da gigante estatal de petróleo da Arábia Saudita na segunda-feira.

Os estoques de petróleo bruto dos EUA provavelmente aumentaram na semana passada, enquanto os estoques de destilados e gasolina devem ter caído, mostrou uma pesquisa preliminar da Reuters.

Matéria publicada pela Reuters no dia 22/10/2024, às 10h28 (horário de Brasília)