Preços do petróleo sobem ainda mais com alívio da guerra comercial

Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira devido ao otimismo de que a guerra comercial entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais estava diminuindo e à medida que o presidente Donald Trump aumentou a pressão sobre a Rússia por causa da guerra na Ucrânia.

Os contratos futuros do petróleo Brent subiam 22 centavos, ou 0,3%, para US$ 70,26 o barril às 09h18 (horário de Brasília), tendo atingido seu maior nível desde 18 de julho, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA estava em US$ 66,98, alta de 27 centavos, ou 0,4%.

Ambos os contratos fecharam com alta de mais de 2% na sessão anterior.

O acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, embora imponha uma tarifa de importação de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, evitou uma guerra comercial generalizada entre os dois principais aliados, que teria afetado quase um terço do comércio global e diminuído a perspectiva de demanda por combustível.

O acordo também prevê US$ 750 bilhões em compras de energia dos EUA pela UE nos próximos três anos, o que, segundo analistas, o bloco praticamente não tem chance de cumprir, enquanto as empresas europeias devem investir US$ 600 bilhões nos EUA ao longo do segundo mandato do presidente Donald Trump.

As principais autoridades econômicas dos EUA e da China estão se reunindo em Estocolmo pelo segundo dia para resolver disputas econômicas de longa data e se afastar de uma guerra comercial crescente entre as duas maiores economias do mundo.

Trump também estabeleceu um novo prazo na segunda-feira de “10 ou 12 dias” para a Rússia avançar no fim da guerra na Ucrânia. Trump ameaçou impor sanções à Rússia e aos compradores de suas exportações, a menos que haja progresso.

“Os preços do petróleo subiram depois que o presidente Trump disse que encurtaria o prazo para a Rússia chegar a um acordo com a Ucrânia para encerrar a guerra, aumentando as preocupações com o fornecimento”, disseram analistas do ING em nota.

Participantes do mercado também aguardam o resultado da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA, nos dias 29 e 30 de julho. A expectativa geral é de que o Fed mantenha as taxas de juros, mas pode sinalizar uma postura mais moderada em meio a sinais de arrefecimento da inflação, disse Priyanka Sachdeva, analista sênior de mercado da corretora Phillip Nova.

Matéria publicada na Reuters, no dia 29/07/2025, às 09:23 (horário de Brasília)