Produtores de petróleo dos EUA correm para evacuar plataformas no Golfo do México com a chegada de novo furacão

Produtores de petróleo dos Estados Unidos estavam correndo na segunda-feira para evacuar funcionários das plataformas de produção de petróleo no Golfo do México, já que o segundo grande furacão em duas semanas estava previsto para atravessar os campos de produção offshore.

O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) informou que um potencial ciclone tropical no Caribe estava previsto para intensificar-se rapidamente sobre as águas quentes do golfo e poderia se tornar um grande furacão com ventos de até 185 km/h até quinta-feira.

A tempestade, que seria chamada de Helene, poderia atingir os EUA como um furacão de categoria 3 na escala de ventos de Saffir-Simpson, trazendo o “risco de uma perigosa maré de tempestade e ventos de força destrutiva” para a costa nordeste do Golfo e a Panhandle da Flórida, de acordo com o NHC.

As companhias petrolíferas BP, Chevron, Equinor e Shell começaram a evacuar funcionários offshore, e várias já suspenderam parte da produção.

A BP interrompeu a produção de petróleo e gás nas plataformas Na Kika e Thunder Horse e reduziu a produção em outras duas, Argos e Atlantis. Os funcionários estão sendo removidos dessas quatro plataformas e de uma quinta, chamada Mad Dog, segundo a empresa.

A Chevron disse que começou a evacuar todo o pessoal e a interromper a produção em suas plataformas offshore Blind Faith e Petronius.

Funcionários não essenciais estão sendo evacuados das plataformas Anchor, Big Foot, Jack/St. Malo e Tahiti. A produção continua nos níveis normais nessas plataformas, afirmou a Chevron.

A Equinor afirmou que estava evacuando pessoal não essencial de sua plataforma Titan, sem que a produção fosse afetada.

A Occidental Petroleum disse em uma postagem na web que implementaria procedimentos de segurança “conforme apropriado” em suas operações offshore. A Talos Energy preferiu não comentar sobre suas preparações para a tempestade.

A Shell informou que interrompeu a produção na plataforma Stones, reduziu a produção na instalação de Appomattox e estava pausando algumas operações de perfuração. Funcionários não essenciais das instalações offshore Mars, Olympus e Ursa estavam sendo evacuados, mas a produção nessas três continuava, segundo a Shell.

“O sistema deve crescer em tamanho à medida que atravessa o Golfo”, disse o meteorologista do NHC, Brad Reinhart. Sua “velocidade avançada enquanto se aproxima da costa provavelmente resultará na penetração de ventos fortes mais para o interior em partes do sudeste dos Estados Unidos após o impacto.”

Matéria publicada pela Reuters no dia 24/09/2024, às 07h00 (horário de Brasília)