Taxa de desemprego cai para 5,6%, a menor da série histórica
A taxa de desemprego do Brasil caiu para 5,6% no trimestre de maio a julho. Atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012. Recuou 1,0 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de fevereiro a abril, quando era de 6,6%. Em números absolutos, a desocupação atinge 6,1 milhões de pessoas.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 3ª feira (16.set.2025). A mediana das projeções dos agentes financeiros indicava que a taxa de desemprego seria de 5,7% no trimestre encerrado em julho. A mínima histórica anterior era do trimestre encerrado em junho, quando foi de 5,8%.
A taxa de desemprego caiu 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período (trimestre encerrado em julho) do ano passado.

Os dados mostram resiliência do mercado de trabalho em período de juros elevados. A taxa básica, a Selic, subiu para 15% ao ano em junho, mas está acima de 2 dígitos desde fevereiro de 2022.
O desempenho do mercado de trabalho também tem impactado nas taxas positivas do PIB (Produto Interno Bruto). No 2º trimestre do ano, o consumo das famílias subiu 0,5% em relação ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal.
Segundo o IBGE, a população desocupada (6,1 milhões) recuou 14,2% em relação ao trimestre anterior, encerrado em abril. A queda representa uma diminuição de 1 milhão de pessoas que procuravam emprego.
Em 1 ano, o número de brasileiros desempregados caiu 16,0%, uma redução de 1,2 milhão de pessoas.
Subutilização
O trabalhador subutilizado é aquele que está desempregado, trabalha menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo que esteja disponível para trabalhar. A taxa de subutilização foi de 14,1% no trimestre encerrado em julho, o nível mais baixo da série histórica, iniciada em 2012.
A taxa de subutilização caiu 1,3 ponto percentual ante o trimestre anterior (15,4%). Em 1 ano, recuou 2,1 pontos percentuais. A população subutilizada foi de 16,1 milhões no trimestre encerrado em julho. Caiu 8,8% no trimestre (menos 1,6 milhão) e 12,4% em 1 ano (menos 2,3 milhões).
A população subutilizada foi de 16,1 milhões no trimestre encerrado em julho. Caiu 8,8% no trimestre (menos 1,6 milhão) e 12,4% em 1 ano (menos 2,3 milhões). Dentro do grupo de subutilizados, a população desalentada –que deixa de procurar emprego por não acreditar que conseguirá– 2,7 milhões. O número caiu 11% no trimestre e 15,0% em 12 meses.
Mercado de Trabalho
A população ocupada do Brasil atingiu o recorde histórico. No trimestre encerrado em julho, eram 102,4 milhões de brasileiros que tinham algum tipo de ocupação. O número de pessoas cresceu 1,2% em relação ao trimestre encerrado em abril, o que aumentou o contingente em 1,2 milhão.
Em 1 ano, a população ocupada cresceu 2,4%, ou 2,4 milhões a mais.
O número de empregos com carteira assinada no setor privado –exclusive trabalhadores domésticos– foi de 39,1 milhões, também recorde na série histórica. Teve estabilidade no trimestre e subiu 3,5% em 1 ano (1,3 milhões de pessoas a mais).
O número de empregados sem carteira no setor privado foi de 13,5 milhões, contingente que ficou estável nas comparações trimestral e anual.
O setor público empregava 12,9 milhões no trimestre encerrado em julho, o maior patamar da série histórica. O número de pessoas cresceu nas duas comparações: 3,4% (mais 422 mil pessoas) no trimestre e 3,5% (mais 434 mil) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria atingiu recorde. São 25,9 milhões de brasileiros. O número aumentou 1,9% (492 mil pessoas) no trimestre e 4,2% (mais 1 milhão) em 1 ano.
Taxa de Informalidade
A taxa de informalidade da economia foi de 37,8% da população ocupada. No trimestre encerrado em julho, o Brasil tinha 38,8 milhões de trabalhadores informais. Eram 38,5 milhões no trimestre anterior e 38,7 milhões no mesmo trimestre do ano passado.
Renda da População
O rendimento real habitual de todos os trabalhos também atingiu recorde na série histórica, iniciada em 2012. Os brasileiros ganharam, em média, R$ 3.484 por mês. O valor subiu 1,3% em relação ao trimestre encerrado em abril e 3,8% em relação ao mesmo trimestre (encerrado em julho) de 2024.
A massa de rendimento real habitual totalizou R$ 352,3 bilhões, valor recorde. Aumentou 2,5% no trimestre (mais R$ 8,6 bilhões) e 6,4% em 1 ano (mais R$ 21,3 bilhões).
Matéria publicada no portal Poder360, no dia 16/09/2025, às 09:01 (horário de Brasília)