Xi Jinping está pronto para trabalhar com a UE para expandir laços e lidar com atritos
O presidente Xi Jinping disse que a China estava pronta para trabalhar com os líderes da União Europeia para expandir a abertura mútua e lidar adequadamente com atritos e diferenças, informou a agência de notícias oficial Xinhua na terça-feira.
Os comentários foram feitos no 50º aniversário das relações diplomáticas entre a China e a União Europeia, enquanto ambos trabalham para descongelar os laços em meio à incerteza comercial global alimentada pelas tarifas abrangentes dos EUA.
Xi não mencionou os Estados Unidos em seus comentários, mas Pequim tem se esforçado para estreitar laços econômicos e políticos com a Europa para limitar os danos das tarifas do presidente Donald Trump sobre a maioria de suas exportações para os Estados Unidos.
“Laços saudáveis e estáveis entre China e UE não apenas promovem conquistas mútuas, mas também iluminam o mundo”, disse ele.
Xi também pediu à UE que salvaguardasse conjuntamente a equidade e a justiça e se opusesse à intimidação unilateral, descrevendo suas relações como uma das mais influentes do mundo, acrescentou a Xinhua.
A China disse que acolheria com satisfação as visitas do presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em um momento apropriado para realizarem conjuntamente uma nova rodada de reuniões de líderes de ambos os lados.
A China e a UE realizarão diálogos de alto nível sobre estratégia, economia e comércio, desenvolvimento verde e digitalização, entre uma série de eventos neste ano, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa na terça-feira.
O ministério também confirmou que a China e o Parlamento Europeu decidiram liberar as trocas mútuas.
Na semana passada, a UE anunciou que a China suspenderia as sanções impostas aos membros do Parlamento Europeu e à sua subcomissão de direitos humanos. As sanções foram impostas em 2021 devido a medidas ocidentais contra autoridades chinesas acusadas de detenção em massa de uigures muçulmanos na região de Xinjiang, no extremo oeste do país.
“Nas circunstâncias atuais, ambos os lados acreditam que é muito importante que a China e a Europa fortaleçam o diálogo e a cooperação”, disse Lin, porta-voz do ministério, aos repórteres.
Ele expressou confiança de que a retomada das negociações “injetaria um novo ímpeto” no desenvolvimento das relações China-UE.
Matéria publicada na Reuters, dia 06/05/2025, às 03:08 (horário de Brasília)